Artilharia pesada – Na primeira pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo para eleição da cidade de São Paulo, o pré-candidato tucano José Serra lidera a corrida com 31% das intenções de voto. Em segundo aparece o ex-deputado federal Celso Russomanno, do PRB, com 16%.
No segundo pelotão estão os pré-candidatos Netinho de Paula (PCdoB), com 8%; Soninha Francine (PPS), com 7%; Gabriel Chalita (PMDB), com 6%; e Paulinho Pereira da Silva (PDT), o Paulinho da Força, com 5%. Esses candidatos, como é possível perceber, têm menos de três pontos percentuais de distância entre si. Como a margem de erra da pesquisa também é de três pontos, os candidatos acima estão em situação de empate.
Imposto por Luiz Inácio da Silva como candidato do PT à prefeitura paulistana, o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, tem apenas 3% das intenções de voto. Ainda é cedo para fazer qualquer prognóstico sobre a disputa da maior cidade brasileira, mas os dados atuais podem orientar os candidatos em relação o que deve ser feito nas respectivas campanhas. No caso de Fernando Haddad, nem mesmo um milagre seria capaz de reverter tão incômoda situação. Como Lula é considerado uma espécie de deus para alguns incautos e obtusos, não se deve desconsiderar a possibilidade de Haddad apresentar ligeira melhora nessa disputa, mas nada que lhe garanta a vitória.
Esse quadro, que preocupa sobremaneira o PT e principalmente Lula, faz uma prévia do que o eleitorado paulistano deve esperar para os próximos meses. Campanha tensa com troca de acusações, rapapés de toda ordem, dossiês sendo confeccionados na calada da noite. Até porque, se Fernando Haddad for protagonista de uma derrota histórica, Lula acumulará um passivo político-partidário sem precedentes.