Alta do dólar e números da economia mostram que há algo errado nos bastidores do governo Dilma

Quebra-cabeça – Na manhã desta quarta-feira (30), a moeda norte-americana rompeu novamente a casa dos R$ 2 e às 11 horas era comercializada por R$ 2,011, alta de 1,24% em relação ao dia anterior. O avanço do dólar é resultado da preocupação que se instalou no mercado em relação ao cenário internacional, em especial a zona do euro, com destaque para a situação da Espanha.

Esse movimento para cima do dólar acontece no mesmo dia em que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), deve anunciar redução de meio ponto percentual na taxa básica de juro, a Selic, atualmente fixada em 9% ao ano e, se confirmada a previsão dos analistas, passará para 8,5%. Com esse eventual novo patamar, o rendimento da caderneta de poupança será calculado com base nas regras editadas recentemente pelo Palácio do Planalto.

Ministro da Fazenda, Guido Mantega disse há dias que a alta do dólar é benéfica para a economia brasileira, mas o Banco Central tem entrado no mercado para evitar a disparada da moeda ianque. É fato que os efeitos internacionais contribuem para o cenário interno da economia, mas a ingerência cada vez maior do governo no Banco Central tem incrementado a fuga de investidores internacionais, que têm levado seus dólares do País.

Com esse movimento, a tendência é de alta do dólar, o que pode comprometer o controle da inflação, que tinha na valorização do Real um dos seus principais antídotos. Com dólar e alta e a quase certa redução da Selic, manter a inflação sob controle será tarefa hercúlea. Fora isso, a indisposição dos palacianos de adotar medidas que resolvam de uma vez os problemas do País agrava a situação da economia verde-loura.