Receita mariachi – A derrota da seleção brasileira para a equipe do México, em Dallas, nos Estados Unidos, colocou o treinador Mano Menezes em situação de dificuldade, mas serviu ao técnico do Corinthians, Tite, que descobriu uma nova receita para tentar anular o atacante Neymar, que quando bem aproveitado faz a diferença em qualquer equipe.
O fiasco dos brasileiros diante dos mexicanos não significa que Neymar deixou de ser um atleta acima da média, mas deixou claro que pará-lo não é missão impossível. Rápido e acostumado a dribles rebuscados, que cativaram inclusive torcedores das equipes adversárias, o atacante santista perde a eficácia quando sob marcação intensa. Pelo menos essa foi a leitura do técnico Mano Menezes, da seleção, que após a derrota em Dallas disse que nenhum atacante gosta de ser marcado ininterruptamente.
Quando uma equipe joga em função de um ou dois atletas, como aconteceu com a seleção, dissabores devem ser considerados com mais frequência. Técnico do alvinegro praiano, Muricy Ramalho é experiente a ponto de saber como evitar que isso aconteça nas duas semifinais pela Copa Libertadores da América (13 e 20 de junho), quando seus jogadores enfrentarão o Sport Clube Corinthians Paulista.
Muito mais que uma dose dupla de vida ou morte para ambas as equipes, que sonham em chegar à final da Libertadores, o confronto entre os alvinegros será um duelo pacífico protagonizado à beira do campo por dois dos melhores treinadores em atividade no País. Se a estrela de Muricy tem vocação para brilhar, a competência de Tite não fica atrás e deve ser considerada com largueza. Prognóstico a essa altura é como tiro no escuro, mas o comandante corintiano pode ter encontrado inspiração na defesa mexicana que parou Neymar.