Governo aposta na venda de automóveis, mas GM abre programa de demissão voluntária

Peças que não encaixam – Como tem insistido o ucho.info, há algo errado nos bastidores da economia nacional. Que o conjunto de medidas adotado pelo governo para enfrentar os efeitos da crise internacional é utópico todos sabem, mas a sua ineficácia fica cada vez mais escancarada com a sequência de fatos que decorre do mesmo.

Enquanto fala em desenvolvimento sustentável e se prepara para recepcionar outros chefes de Estado na Rio+20, a presidente Dilma Rousseff incentiva a venda de carros novos, o que deixará as cidades brasileiras com mais problemas de trânsito e contribuirá sobremaneira para o aumento da poluição do planeta. Ou seja, nada há de sustentável nas medidas adotadas pelos palacianos.

Se por um lado as autoridades econômicas comemoram os primeiros e acanhados resultados da economia, como o repentino e pontual crescimento da venda de automóveis, por outro causa estranheza o fato de a poderosa General Motors ter deflagrado um programa de demissão voluntária para funcionários do setor produtivo, em especial, na unidade de São José dos Campos, no interior paulista.

A decisão acontece depois de a GM ter registrado, segundo a Anfavea, o maior volume de vendas de automóveis e comerciais leves em maio, com 54.785 licenciamentos, após 41.381 no mês anterior, e atrás apenas da Fiat. Essa medida pode ser interpretada como a antecipação de um cenário econômico futuro não tão agradável.