Dilma Rousseff e Galvão Bueno desdenham da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres

Parafuso solto – Ao que parece, a presidente Dilma Rousseff e o narrador Galvão Bueno, da Rede Globo, têm conversado muito ou ambos têm o mesmo pensamento obtuso. Ao final da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, cujos direitos de transmissão para o Brasil foram adquiridos pela Rede Record, o narrador da Vênus Platinada disse que o evento na capital inglesa era coisa do passado que de agora em diante o foco estava na Olimpíada do Rio. “Essa já é passado, agora é Rio de Janeiro! É 2016!”, disse Galvão Bueno, que reclamou seguidamente da “falta de emoção” na festa comandada pelo cineasta Danny Boyle e que contou com show de Paul McCartney.

Um dia depois da abertura dos Jogos Olímpicos, horas antes de retornar ao Brasil, a presidente Dilma Rousseff disse aos jornalistas brasileiros que em 2016, no Rio de Janeiro, basta colocar um diretor de escola de samba e estará tudo resolvido.

A declaração de Dilma reforça a incompetência de um governo que até agora não mostrou a que veio, exceto a vocação costumeira de abafar escândalos de corrupção, sem exigir a punição dos culpados. Imaginar que uma Olimpíada pode estar à mercê de um diretor de escola de samba é no mínimo um ato de irresponsabilidade. Cada povo tem sua cultura, a qual deve ser respeitada. O fato de a abertura dos Jogos Olímpicos de Londres não ter empolgado algumas pessoas deve ser considerado, mas não se pode ignorar o bom e belo trabalho dos organizadores do evento, que, ao contrário do que sempre ocorre no Brasil, não protagonizaram qualquer escândalo de superfaturamento de obras.