Competência do magnânimo Lula como estadista se traduz no calvário enfrentado pela indústria nacional

Prova dos nove – Garante a sabedoria popular que “uma desgraça nunca vem sozinha”. E isso pode ser facilmente comprovado no Palácio do Planalto, onde reina absoluta a presidente Dilma Rousseff, que não admite ser contrariada e muito menos ver seu mentor eleitoral transformado em alvo das inquestionáveis verdades do cotidiano.

Um dia após afirmar que Luiz Inácio da Silva é um exemplo de estadista e que promoveu o desenvolvimento do País como jamais acontecera, como se o ex-metalúrgico fosse a reencarnação de Messias, Dilma foi alvejada nesta terça-feira (4) por dados nada agradáveis do IBGE, vez por outra sob a censura palaciana. De acordo com o órgão, a produção industrial brasileira cresceu 0,3% em julho, na comparação com o mês anterior.

Porém, em relação a junho de 2011, a queda da produção industrial brasileira é de 2,9%. No acumulado do ano, a indústria nacional acumula perda de 3,7%. Nos últimos doze meses, a queda acumulada já chega a 2,5%.

Entre as 27 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE, a principal contribuição para o resultado positivo da indústria na passagem de junho para julho veio da produção de veículos automotores, com alta de 4,9%. Ou seja, a partir de novembro, quando a redução do IPI para automóveis não mais estará valendo, o calvário da indústria deve aumentar.

Na comparação de julho deste ano com o mês anterior, entre as categorias de uso, a maior alta foi registrada na produção de bens de capital (1%), seguida pelos bens de consumo duráveis (0,8%). Os bens intermediários tiveram crescimento de 0,5%. A única queda foi observada nos bens de consumo semi e não duráveis (-0,6%). (Com informações da Agência Brasil)