Apoio do PMDB ao petista Fernando Haddad custou caro e envolveu duas candidaturas escandalosas

(Foto: Danilo Verpa - Folhapress)
Vergonha nacional – Estivesse vivo, o ex-governador Orestes Quércia já teria feito um enorme banzé por conta do apoio do PMDB à candidatura. É bem possível que Quércia jamais teria permitido esse tipo de acordo, mesmo com a decisão tomada por Michel Temer, vice-presidente da República e presidente licenciado do PMDB.

Depois de muita negociação e expectativa, o PMDB anunciou nesta quinta-feira (11) apoio à candidatura do petista Fernando Haddad, que disputa em segundo turno a prefeitura paulistana com o tucano José Serra.

Além das espúrias moedas de troca já noticiadas pelo ucho.info (caso Renato Amary e caso Maria Antonieta de Brito), Gabriel Chalita firmou documento em que o candidato petista assume o compromisso de inserir em seu programa de governo alguns itens defendidos pelo peemedebista em sua recente campanha à prefeitura de São Paulo.

Com esse acordo, Michel Temer evita uma zona de conflito com a presidente Dilma Rousseff, que por determinação de Lula está empenhada no projeto de eleger Fernando Haddad. Por outro lado, o acordo pode estremecer a relação entre Chalita e o governador Geraldo Alckmin, a quem o peemedebista serviu como secretário da Educação.

O desembarque de Gabriel Chalita na campanha de Fernando Haddad não é novidade, pois o candidato do PMDB sempre funcionou como via acessória da campanha do pupilo de Luiz Inácio da Silva. A afirmação não é do ucho,info, mas de um integrante do conselho da campanha de Chalita. O grande problema nesse acordo é que Gabriel Chalita, mesmo que de maneira transversa, estará endossando a atabalhoada passagem de Fernando Haddad pelo Ministério da Educação.

Mas como sempre afirmamos, política é negócio dos bons e para poucos. Essa parceria entre o PMDB de Chalita e o PT de Haddad não saiu de graça.