Inadimplência em alta, juro elevado, inflação resistente e salário baixo, mas Lula é doutor honoris causa

Caminho sem volta – A taxa de inadimplência das pessoas físicas e jurídicas, que mede o atraso de pagamento superior a noventa dias, permaneceu estável em 5,9% em setembro deste ano, informou nesta sexta-feira (26) o Banco Central. É o mesmo patamar de julho e agosto, assim como o maior nível já registrado em toda a série histórica da autoridade monetária, iniciada em junho de 2000.

O dado do BC contraria o discurso ufanista do governo, em especial do ainda ministro Guido Mantega (Fazenda), de que a inadimplência recuaria ao longo de deste ano.

Pessoas físicas e empresas

No caso das pessoas físicas, a inadimplência ficou em 7,9% em setembro, mesmo índice de agosto e maior patamar desde novembro de 2009 (8%). No acumulado do ano, a inadimplência de pessoas físicas subiu meio ponto percentual, uma vez que ao final de 2011 estava em 7,4%.

Já a taxa de inadimplência das pessoas jurídicas recuou de 4,1% em agosto para 4% em setembro. Nos nove primeiros meses deste ano houve crescimento de 0,1 ponto percentual, já que a inadimplência das empresas somou 3,9% no encerramento do ano passado.

Alerta

No final de 2008, quando o então presidente Lula ocupou os meios de comunicação para pedir aos incautos brasileiros a manutenção do consumo interno em níveis elevados, o ucho.info, apesar das críticas palacianas, alertou para o perigo do endividamento recorde das famílias e a disparada na inadimplência.

Avesso a críticas, Lula preferiu acusar-nos de torcer contra o Brasil, o que não é verdade. Em seguida, o messiânico petista veio com o muxoxo de que as elites não queriam que o povo comprasse. Afirmação absurda que justificaria a imediata internação de Lula em uma casa de repouso ou coisa assemelhada.

Alta de juros

A continuidade da inadimplência em níveis elevados obrigou os bancos a subirem as taxas de juro no crédito ao consumidor. Em setembro, a taxa subiu de 35,6% ao ano, em agosto, para 35,8%, em setembro.

Mesmo cedendo à pressão do Palácio do Planalto para reduzir o juro ao consumidor, os bancos encontraram na cobrança de taxas a saída ideal para surrupiar o dinheiro dos clientes.

Bomba-relógio

Enquanto a presidente Dilma Rousseff e o ministro Mantega garantem que a economia brasileira está bem e melhorará ainda mais nos próximos meses, a realidade é bem diferente e assustadora. Com taxas de juro elevadas, inadimplência em alta, endividamento crescente e inflação resistente, a economia verde-loura em breve sofrerá algum revés.

Para se ter ideia da gravidade da situação, o ucho.info contatou vendedores de algumas concessionárias de automóveis, em São Paulo, para saber a repercussão do anúncio de prorrogação do IPI reduzido para o setor. Em uma das grandes concessionárias Volkswagen da capital paulista, a vendedora que atendeu a nossa reportagem está acostumada a vender vinte carros novos todos os meses, mas até esta sexta-feira (26) tinha vendido apenas quatro.

Quando decidir acabar com a redução do IPI, o governo deve se preparar para o efeito negativo e devastador da medida, pois uma onda de demissões deve acontecer no setor automotivo.

Receita explosiva

O Brasil caminha na contramão da lógica, mas Dilma e seus ministros insistem em salvar a economia empurrando mais uma vez o brasileiro ao consumismo. Trata-se de solução inimaginável, pois é no mínimo sandice falar em consumo em um país em que 70% da população recebem mensalmente menos de dois salários mínimos.

Considerando que o custo de vida está cada vez mais nas alturas e o minguado salário do trabalhador vale R$ 622, não há como apostar em consumo como saída para a crise. A situação torna-se ainda mais preocupante quando analisado o fato de que o salário mínimo é pouco para quem recebe e muito para quem paga.

Falácias oficiais

Para ter índices absurdos de aprovação e ser recebido por autoridades mundiais como a derradeira solução para os terráqueos, Lula se valeu de uma bolha de virtuosismo que começa a estourar no colo de cada cidadão que acreditou em suas profecias mentirosas e embusteiras.

Lula continua afirmando que deixou o governo pela porta da frente, mas por todo o estrago que patrocinou, que demandará cinquenta anos para ser reparado, o ex-metalúrgico deveria ser banido da história, mas sempre lembrado como o protagonista principal do período mais corrupto da história nacional.