Operação da PF acaba com os sonhos de Luís Adams e José Eduardo Cardozo de chegarem ao STF

Fora da fila – A Operação Porto Seguro acabou com o sonho de dois pretendentes à vaga deixada por Carlos Ayres Britto no Supremo Tribunal Federal. Advogado-geral da União, Luís Inácio Adams viu o seu amigo de uma década e seu braço direito ser flagrado pela Polícia Federal em falcatruas. José Holanda Weber foi exonerado e Adams viu o sonho da atravessar a Praça dos Três Poderes virar um irreversível pesadelo.

Outro que caiu em desgraça no Palácio do Planalto é o ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça, que só soube da operação da Polícia Federal no derradeiro capítulo. O que mostra que Cardozo não tem qualquer ascendência sobre a corporação que o PT insiste usá-la como polícia de governo, mas que legalmente é polícia de Estado.

Cardozo, um dos “três porquinhos” da campanha de Dilma Rousseff, está alijado da lista de candidatos ao STF, mas o risco de ser ejetado do ministério diminui com o passar do tempo. Há quem garanta que Cardozo ficou por um fio por ter avisado a presidente Dilma Rousseff em cima da hora sobra a operação da PF, mas ele sabe muito mais sobre a campanha de 2010 do que muitos palacianos gostariam.

Sendo assim, a estratégia do Planalto é fazer com que o escândalo de Rosemary caia no esquecimento nas próximas semanas e, virado o ano, o governo continue agindo como se nada tivesse acontecido. Contundo, se no começo do próximo ano José Eduardo Cardozo for demitido por Dilma, a alternativa será voltar para a advocacia, pois ele próprio disse ao ucho.info, em 2010, que cansou da vida política no parlamento