Em audiência no Senado, advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, enfrenta constrangimento

Saia justa – Na audiência em que os ministros José Eduardo Martins Cardozo (Justiça) e Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) tentam explicar aos senadores os detalhes da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que desencravou um escândalo de corrupção envolvendo a então chefe de gabinete do escritório da Presidência, em São Paulo, o titular da AGU está enfrentando uma situação constrangedora.

No plenário em que ocorre a audiência, advogados que integram a AGU participam do evento e usam um nariz de palhaço, exigindo a imediata saída de Luís Inácio Adams do cargo. Braço direito de Adams, o exonerado José Weber Holanda foi identificado pela PF como integrante da quadrilha que vendia pareceres técnicos para favorecer empresas e grupos privados.

A exemplo do que ocorreu durante audiência na terça-feira (4), na Câmara dos Deputados, quando José Eduardo Cardozo negou durante sete horas seguidas a existência de uma quadrilha no gabinete da Presidência, ao mesmo tempo em que negou que a PF teria grampeado telefonemas entre Lula e Rosemary Nóvoa de Noronha, a dupla repetirá as negativas que foram antecipadamente ensaiadas no Palácio do Planalto, pois a dupla missão precisa livrar a presidente Dilma Rousseff e o antecessor, Luiz Inácio da Silva, do mais novo escândalo de corrupção envolvendo o PT.