Vergonha nacional – Depois que Dilma Rousseff, ainda em Paris, determinou a blindagem do messiânico Lula, uma cascata de lambe-botas surgiu para dar guarida àquele que entrou para os anais da história como o responsável pelo período mais corrupto da política nacional.
Fosse pouco, o Partido dos Trabalhadores tomou medida idêntica, ordenando aos seus integrantes e filiados que saiam às ruas de todo o País para protestar contra a possibilidade de Lula ser envolvido em algum dos escândalos que flanam sobre essa barafunda chamada Brasil.
Na terça-feira (18), oito governadores de estado aterrissaram na capital paulista para prestar solidariedade a Lula. Essa missa encomendada, ridícula, é bom lembrar, denota que a situação do ex-presidente é muito pior do que se imagina. Fosse ele um inocente, como prega a esquerda verde-loura, esse beija-mão seria desnecessário. Afinal, quando alguém busca verniz para revestir a própria carapaça é porque alguma nódoa está chamando a atenção.
O mais impressionante é que esses governadores ousam torrar dinheiro público em viagens desnecessárias, porque não dizer criminosas, cujo objetivo é adular alguém que é acusado de envolvimento nos principais escândalos do País. Aos governados por esse bando de irresponsáveis é devida uma explicação minimamente convincente, pois dinheiro público não serve para adoração de pessoas do naipe de Lula, que continua fingindo inocência e acreditando ser a derradeira salvação do planeta.
Entre os corolários de Lula estavam os governadores Jaques Wagner (PT-BA), Tião Viana (PT-AC), Camilo Capiberibe (PSB-AP), Cid Gomes (PSB-CE), Sérgio Cabral Filho (PMDB-RJ), Silval Barbosa (PMDB-MT), Agnelo Queiroz (PT-DF) e Teotônio Vilela (PSDB-AL).
A presença de Teotônio Vilela no grupo era tudo que o PSDB precisava no momento em que pede a apuração imediata e profunda das inúmeras denúncias de corrupção envolvendo Lula. “Estava entre companheiros, sou amigo pessoal do presidente Lula e o estado de Alagoas é muito grato à postura republicana, solidária e parceira que o presidente teve com o estado em obras de infraestrutura, sociais. Vim como pessoa, como amigo e como governador dar um abraço de solidariedade”, disse Vilela.
Perguntado se sua participação no encontro causaria constrangimento ao partido, o tucano disse acreditar que não. “Não sei, creio que não. Independentemente de ideologia, partido político, nós estamos em torno de um tema que venha pacificar, que venha construir”, declarou.
Todos os genuflexos que estiveram no Instituto Lula falaram em respeito e carinho do povo, algo que Lula nunca teve de fato. E se as pesquisas de opinião, duvidosas como sempre, apontaram isso, é porque o povo deixou-se levar por um fanfarrão que tem incontestável aptidão para comandar quadrilheiros e fechar os olhos diante da corrupção. Quando Rosemary Noronha, a Marquesa de Garanhuns, decidir falar, o castelo de Lula há de ruir.
Não bastasse ter arruinado o Brasil e aniquilado a economia, permitindo o retorno da inflação, Lula ousa receber esses genuflexos no instituto que leva seu nome, como se fosse vítima de um golpe, que como ele próprio diz, tramado pela oposição, por setores da imprensa e pelo Judiciário.
Traduzindo ao velho e eficiente idioma dessa desbaratada nação, Lula comanda uma quadrilha de saltimbancos, endossa a pilhagem promovida pelos companheiros, dela se beneficia e ainda quer ser considerado como vítima. Esse discurso visguento é conhecido e só convence os que foram fisgados pelas esmolas sociais e pelo falso poder de compra que se materializa mês a mês na pilha de carnês vencidos.
Se de fato o objetivo de Lula é prestar um serviço ao País e ao povo brasileiro, que se contente com a própria insignificância, antes que a condenação bata à sua porta.