Evo Morales é o mais novo integrante da farsa que envolve o ditador Hugo Chávez

Capítulo inédito – Mais um cinzel da esquerda latino-americana entra em cena para ajudar a esculpir a notícia da morte de Hugo Chávez, que ainda não foi liberada por razões diversas. Depois de informações desconexas nas últimas horas, por parte de autoridades venezuelanas, agora é a vez do índio-cocalero Evo Morales, presidente da Bolívia, a falar sobre o tema e lamentar o estado de saúde do líder bolivariano.

Nesta quarta-feira (2), Evo Morales afirmou que a situação de saúde de Chávez é “muito preocupante”. “Tomara que em breve possamos vê-lo e acompanhá-lo, mas a situação é muito preocupante”, afirmou Evo Morales em entrevista concedida na Colômbia. A declaração de Morales é no mínimo estranha, porque o serviço secreto da Colômbia tem informações seguras de que Chávez não resistiu à septicemia. Fora isso, um ex-agente da CIA, cubano que reside em Miami, confirmou ao ucho.info que são quase nulas as chances de o tiranete venezuelano ainda estar vivo, de acordo com informações recebidas de Havana.

Entre as razões que postergam o anúncio da morte do ditador está a necessidade de o núcleo do governo venezuelano costurar um acordo com o Exército e com a Assembleia Nacional que garanta a eleição do vice-presidente Nicolás Maduro em nova eleição a ser convocada em breve. Outro motivo para adiar a informação é a preocupação de frequentadores do Palácio Miraflores em relação à possibilidade de uma guerra civil, protagonizada entre partidários de Chávez e oposicionistas.

A derradeira razão é que o governo cubano precisa selar um acordo com Nicolás Maduro, garantindo que os petrodólares que nos últimos anos têm recheado os cofres da ditadura comandada pelos irmãos Castro continuem chegando à ilha caribenha. Se isso não ocorrer, Cuba pode entrar em colapso econômico em questão de meses.

A manobra que está sendo pilotada pelas autoridades venezuelanas em relação ao falecimento de Hugo Chávez nos obriga a voltar na história e recordar a morte do cardeal Albino Luciani, o papa João Paulo I. Pouco mais de um mês após Luciani assumir o pontificado, o vaticano divulgou a informação que o papa falecera em razão de um enfarto fulminante. O editor do ucho.info teve a oportunidade de ver o corpo do então sumo pontífice antes da maquiagem funerária e sua aparência era esverdeada. João Paulo I morreu por envenenamento, apenas porque ousou acabar com a bandalheira que reinava nos intramuros da Praça São Pedro.

Meses depois da morte de Albino Luciani, estourou o escândalo do Banco Ambrosiano, instituição financeira do Vaticano que funcionava como lavanderia de dinheiro para a máfia turca e a maçonaria italiana.

Porque não, sem atravessar as fronteiras brasileiras, recordar o que ocorreu com Tancredo de Almeida Neves, presidente eleito do Brasil, que acabou vítima de uma diverticulite que progrediu para septicemia, levando-o a óbito. O anúncio da morte de Tancredo aconteceu dias depois do fato consumado, pois era preciso aproveitar a data de 21 de abril para transformá-lo em um mártir da democracia capaz de ser comparado a Tiradentes.