Insegurança em São Paulo persiste e Geraldo Alckmin deve explicação convincente aos paulistas

Vale tudo – Governador do mais importante estado da federação, São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin entendeu que o combate à onda de violência seria resolvido com a troca do secretário da Segurança Pública. Saiu Antônio Ferreira Pinto e entrou Fernando Grella Vieira. Como se nada tivesse ocorrido no comando da pasta, a bandidagem continua agindo deliberadamente na Grande São Paulo.

A frequência das chacinas já não é como no período eleitoral, mas crimes continuam acontecendo em bairros da periferia. A queda no número de ocorrência não significa que os marginais sentiram-se intimidados. Apenas mudaram a modalidade de crime, sem deixar de lado os acertos de contas entre facções rivais.

Bares e restaurantes da capital paulista voltaram a sofrer arrastões, o que prejudica os estabelecimentos comerciais e aterroriza as vítimas. O único caso de arrastão que foi solucionado se deve a um telefone celular roubado que acabou rastreado pela vítima. Identificado o local onde estava o celular, os criminosos foram presos.

No domingo (6), bandidos fizeram um arrastão no Rodoanel, obrigando os motoristas a deixarem seus carros e deitarem na rodovia, impedindo a passagem de outros veículos. O bando fugiu e apenas um dos que participaram da ação foi preso em um matagal.

Quem pensa em passar alguns dias das férias de janeiro no Guarujá precisa tomar cuidado. A violência na cidade litorânea que um dia foi chamada de “Pérola do Atlântico” é tamanha, que condomínios contrataram equipes de segurança que escoltam os moradores que chegam à cidade desde o trecho final da rodovia até o imóvel.

Alckmin deve uma explicação convincente ao povo paulista, pois estatísticas não resolve o problema e muito menos diminui a dor de quem tem amigos e familiares assassinados.