Fernando Haddad coloca as mangas de fora em SP e já começa a destilar devaneios administrativos

Parafuso solto – Quando tomou posse como prefeito da maior cidade brasileira, São Paulo, no primeiro dia do ano, o prefeito Fernando Haddad, um dos postes de Lula, já sabia que o orçamento do município (R$ 43 bilhões) para 2013 seria insuficiente, pois 70% dos recursos, aproximadamente, se destinam ao custeio da máquina administrativa.

Durante a cerimônia de posse, Haddad não abusou do ufanismo, mas aproveitou a ocasião para colocar armadilhas no caminho dos adversários políticos, como o governador Geraldo Alckmin, e passar o chapéu sem qualquer constrangimento. Pediu o prefeito paulistano que empresas e cidadãos contribuíssem com o que pudessem. Ou seja, Haddad mais uma vez mostrou que sabia que o cobertor é curto.

Pois bem, com menos de dez dias no cargo, Fernando Haddad já começa a destilar suas sandices. Disse o prefeito que seu desejo é comprar o imóvel do antigo cinema Belas Artes, fechado por descordo com o dono do prédio, e transformá-lo em um centro cultural. É fato que cultura é importante, mas é preciso priorizar as necessidades da capital dos paulistas, que na temporada de chuva vive momentos de uma Veneza tupiniquim, com ruas transformadas em canais e carros, em gôndolas.

E o motorista que perder o carro por causa dos alagamentos e ousar cobrar o dano da prefeitura, que arrume uma poltrona bem confortável, pois, se bem sucedido, receberá alguns tostões depois de uma década.

Em uma cidade onde a água da chuva não para onde fugir, árvores caem constantemente sobre a rede elétrica, semáforos deixam de funcionar diante de uma fina garoa, as autoridades ainda acreditam que é possível receber jogos da Copa do Mundo.