Com a economia em crise, inflação em alta e inadimplência crescente, BC mantém a taxa Selic em 7,25%

Tudo como antes – Como já era esperado pelo mercado financeiro nacional, o Comitê de Política Monetária do Banco Central manteve, por unanimidade de votos, em 7,25% ao ano a Taxa Básica de Juro, a Selic. Com a decisão que não trouxe qualquer surpresa, o BC, há muito influenciado pelo Palácio do Planalto, continua apostando no consumo interno como saída para a crise e ignorando a resistente inflação, o mais venenoso item da herança maldita deixada por Lula.

A estratégia do Palácio do Planalto de estimular a economia com medidas pontuais, tendo o consumo interno como plataforma, é um erro crasso, pois a inadimplência não para de crescer, a intenção de consumo das famílias brasileiras caiu 3,3% em janeiro e o endividamento continua em níveis elevados para o padrão brasileiro. Fora isso, trata-se de mera utopia do pensamento acreditar que a economia pode reaquecer com o consumo interno em um país onde dois terços da população ganham menos de dois salários mínimos.

Diante da perspectiva de avanço da inflação e da alta de preços de produtos e serviços que surgirá na esteira do reajuste dos combustíveis, esperado para janeiro, o aumento do salário mínimo será corroído muito antes do que se imagina. Na verdade, o aumento real do mínimo, já descontada a inflação oficial de 2012, é de míseros R$ 20,98 permite ao trabalhador comprar um pãozinho a mais todos os dias.

O PT insiste em brincar de governar, sem dar a menor dose de atenção ao planejamento e às ações de longo prazo. Dilma, por sua vez, está preocupada em fazer algo de retorno imediato e que garanta a sua reeleição em 2014. Governar um país com a dimensão e os problemas do Brasil não é tão fácil como administrar um boteco de esquina, como acreditam nove entre dez petistas, que pegam carona no falso messianismo de Lula para posarem de parentes de Aladim.

Quando o brasileiro perceber o estrago provocado pelo PT na última década será tarde demais. O País mergulhou no período mais corrupto de sua história, teve a máquina estatal aparelhada e os cofres pilhados, mas Lula continua recebendo prêmios pelo mundo afora e chamado para proferir palestras aqui e acolá. No momento em que esses incautos estrangeiros, que fazem de Lula um semideus, descobrirem a dura realidade da economia brasileira, o ex-metalúrgico não será chamado nem mesmo para uma partida de truco.