Ruim como ministro e pior como governador, Tarso Genro agora achincalha a Brigada Militar do RS

Maluco no Piratini – Que os petistas odeiam os militares todos sabem, é um fato histórico e incontestável. Mas alguns integrantes do partido conseguem, por capricho chicaneiro, acabar com a história e achincalhar instituições.

Governador do Rio Grande do Sul, o petista Tarso Genro, que durante a ditadura militar fingiu que fugiu para o Uruguai atravessando a rua, mas foi trazido de volta e ficou sob a proteção de militares, agora decidiu acabar com a respeitável história da Brigada Militar, instituição que é orgulho dos gaúchos.

Criada em 18 de novembro de 1837, a Brigada Militar tem 176 anos de história, tradição e serviços prestados ao povo da terra chimangos e maragatos. Leitores do ucho.info que conversam vez por outra com o editor sempre falam com orgulho notório sobre a BM, não sem antes destacarem a boa atuação dos policiais.

A história da Brigada Militar se confunde com a do Estado e nesse período a corporação vivenciou todas as crises políticas e econômicas, atuou na época do Império, das ditaduras, enfrentou golpes e revoluções e bem acolheu a democracia. Em outras palavras, foi à sombra da hierarquia e da disciplina que a Brigada conquistou seu espaço na história, independentemente de partidos políticos ou facções.

Legalista, a BM é uma instituição de Estado, não de governo ou de um partido, como quer fazer o peremptório Tarso Genro, que ainda deve aos gaúchos uma explicação sobre a bisonha investigação da tragédia de Santa Maria.

Na quarta-feira (30), ocorrerá a troca de comando na Brigada Militar, pois o atual comandante, coronel Sérgio Duarte de Abreu, passará à reserva. Assumirá o comando-geral da BM o coronel Fábio Fernandes, que passou longos anos da carreira na Assembleia Legislativa gaúcha, lotado na liderança do Partido dos Trabalhadores.

Com a eleição de Tarso Genro, o coronel foi guindado à Casa Militar sob a patente de major, em 2011. No ano seguinte, em 2012, o Executivo gaúcho enviou à Assembleia um projeto de lei, em regime de urgência, alterando a Lei de Promoções da Brigada Militar. A medida favoreceu Fábio Fernandes, que em um ano conquistou as patentes de tenente-coronel e coronel.

Recordando os brados pretéritos do caudilho gaúcho Honório Lemes da Silva, “quero leis que governem homens e não homens que governem leis”. Mas isso é coisa do passado, da história, que aconteceu antes do surgimento do PT e do aspergir de suas sandices. Cá não estamos a defender o caudilhismo, mas entre Honório Lemes e Tarso Genro, o “Leão de Caverá” certamente sairia à frente. O que também não é difícil considerando o oponente nessa conjectura.

Nesta terça-feira (29), os jornais gaúchos noticiaram que assumirá o comando-geral da Brigada Militar “um representante do PT”. Em tempos outros assumia o comando da corporação um coronel da Brigada. Mas os petistas são magnânimos, oráculos do Senhor, parentes de Aladim, sucessores de Messias. Por isso fazem as lambanças que todos conhecem.

A passagem de comando na Brigada Militar sempre foi um ato solene, com a tropa perfilada e cumprindo todos os rituais de formalidade e protocolo. Agora, sob o manto de Tarso Genro, a posse do novo comandante ocorrerá em gabinete qualquer do Palácio Piratini.

O novo comandante da Brigada Militar, que traz sob a farda a paixão pelo PT, recebeu indevidamente, enquanto esteve lotado na Assembleia Legislativa, R$ 100 mil em diárias. Flagrado na ilegalidade, Fernandes devolveu o dinheiro aos cofres públicos em suaves prestações. Se o governador do Rio Grande do Sul fosse da oposição e o novo comandante da Brigada Militar tivesse protagonizado um escândalo dessa natureza, a essa hora o PT já teria cercado o quartel e promovido uma gritaria ensurdecedora. Mas esse tipo de falta, no entender dos petistas, só é grave para os militares de fato e que não se valem de rapapés palacianos para subir de posto.

Não custa ressaltar que Tarso Genro, o supremo, está brincando com fogo e não sabe!