Jogador é sequestrado por se envolver com namorada de traficante de comunidade pacificada no RJ

Curto-circuito – a Copa do Mundo de 2014 batendo à porta, a presidente Dilma Rousseff, sempre a bordo do ufanismo palaciano, garantiu, há dias, que a segurança será exemplar na mais importante competição do futebol planetário. A declaração ocorreu horas após o trágico atentado a bomba na Maratona de Boston, nos Estados Unidos.

Para traçar um panorama do que os amantes do esporte bretão podem esperar em termos de segurança na Copa das Confederações e na Copa do Mundo, o jogador Bernardo, do Clube de Regatas Vasco da Gama, foi sequestrado e torturado por traficantes do Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, na noite do último domingo (21). O crime foi uma reação dos criminosos ao fato de o jogador ter se envolvido com a jovem Daiana Rodrigues, supostamente a “namorada número 1” do traficante Marcelo Santos das Dores, o “Menor P”, chefe da facção Terceiro Comando Puro (TCP).

Aproveitando esse episódio bizarro que reforça a incompetência do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) no combate à insegurança, o sequestro do meia vascaíno ocorreu em uma comunidade de favelas que, até então, era considerada pacificada.

Atentados na Botocúndia

Em relação ao atentado ocorrido na Maratona de Boston, a polícia norte-americana informou que os irmãos Tamerlan e Dzhokhar Tsarnaev compraram, meses antes da ação criminosa, milhares de fogos de artifício em estados vizinhos a Massachusetts, sendo que a pólvora teria sido utilizada na fabricação das bombas caseiras, cuja explosão deixou três mortos e 264 feridos, alguns em estado grave.

A promessa da presidente Dilma Rousseff em relação à segurança durante as mencionadas competições futebolísticas não devem ser levadas a sério pelos organizadores, pois no Brasil os bandidos usam quantidades muito maiores de explosivos para arrancar dinheiros dos caixas eletrônicos.

Apenas para que o leitor compreenda o perigo que ronda a Copa, a polícia de Goiás interceptou, na quinta-feira (25), um caminhão com 215 quilos de explosivos e 960 detonadores. Quantidade suficiente para causar um enorme estrago em qualquer evento esportivo, se considerarmos que os irmãos Tsardaev cometeram o atentado com volume menor de pólvora.

Fora isso, é bom lembrar que na chamada Tríplice Fronteira há um número considerável de terroristas, alguns dos quais ligados a grupos criminosos que se escondem sob a religião muçulmana, como se Maomé algum dia tivesse defendido o terrorismo ou qualquer tipo de prática correlata.