Cabral admite a existência de problemas no Maracanã, mas garante segurança em amistoso

Fusível queimado – Governador do Rio de Janeiro, o gazeteiro Sérgio Cabral Filho garantiu nesta sexta-feira (31) que o Estádio Jornalista Mário Filho, o desfigurado Maracanã, “está seguro e confortável” para o amistoso entre Brasil e Inglaterra, marcado para o próximo domingo (2). Na quinta-feira (30), o governo fluminense conseguiu derrubar liminar judicial que suspendia a partida, com base em pedido formulado pelo Ministério Público.

De acordo com o governador, a decisão da Justiça de suspender a partida foi tomada à sombra de “um problema burocrático”: a falta de um laudo da Polícia Militar. Tão logo o documento foi apresentado, comprovando o cumprimento das regras de segurança no estádio, Justiça derrubou o questionamento do Ministério Público Estadual, que cumpriu o seu papel. O discurso de que tudo não passou de “problema burocrático” é conversa fiada, pois a tragédia na boate Kiss, em Santa Maria, também teve como ingrediente esse vai e vem de laudos e documentações.

“Posso assegurar que o estádio está absolutamente seguro, teremos um jogo extraordinário, uma partida com conforto para a população. No entorno, internamente, a Polícia [Militar] estará presente com todo seu efetivo”, disse Sérgio Cabral.

Mesmo assim, o governador reconheceu que o torcedor e a imprensa ainda poderão encontrar problemas no entorno e no próprio Maracanã. A liminar derrubada apontou, entre outros problemas, a existência de material de construção como um risco aos torcedores, já que poderia ser usado como arma. Ora, se a autoridade máxima do estado reconhece, diante de câmeras e microfones, que há problemas no estádio, liberá-lo para o amistoso é temerário.

“A prefeitura está concluindo obra, mas é evidente que quem for no domingo para assistir ao jogo vai ficar feliz, e quem for para olhar problema vai achar algum tipo de problema, obviamente”, declarou Cabral, para quem as obras avançam rapidamente e é possível notar diferença nos últimos dois dias. Ou seja, o Brasil é continua como o país do jeitinho e só avança no tranco.

Na tentativa de minimizar as duras críticas da imprensa internacional, Cabral Filho reconheceu como legítimo o posicionamento dos veículos midiáticos, que sempre tem olhar crítico na direção de instalações esportivas, antes de grandes eventos.

Acompanhado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, o governador fluminense participou da inauguração do Centro Integrado de Comando e Controle, no Rio de Janeiro, que coordenará as operações nacionais de segurança durante a Copa das Confederações.

Em um país onde a segurança de um estádio que abrigará jogos da Copa do Mundo é arrancada a fórceps do colo da Justiça, não é difícil imaginar o que poderá acontecer de agora em diante. O Brasil vive um “faz de conta” perigoso, no vácuo do ufanismo criminoso inaugurado pelo lobista fugitivo Lula, o namorado da Marquesa de Garanhuns.