Só mesmo um irresponsável pode acreditar que 5 milhões de pessoas participaram da parada. Esse contingente de pessoas é quase a metade da população da cidade de São Paulo, que tem 11 milhões de habitantes. Fosse verdadeira a informação divulgada pelos organizadores do evento, a capital paulista teria vivido dias de caos, o que não aconteceu. A cidade estava tranquila por conta do feriado prolongado de Corpus Christi.
A Parada do Orgulho Gay há muito que não representa um movimento que defende os interesses dos homossexuais e afins, mas apenas os de uma minoria que se aproveita de alguma forma do acontecimento. É o caso de alguns políticos, que tentam pegar carona na causa.
Faturando com a causa
Quem aproveitou a Parada Gay para fazer marketing foi a cantora Daniela Mercury, que aterrissou na Pauliceia Desvairada com patrocínio do governo da Bahia, o que não deixa de ser um escárnio com o suado dinheiro dos contribuintes daquele estado.
Desde que resolveu assumir seu relacionamento com a jornalista Malu Verçosa, a cantora de axé vem tentando conquistar a simpatia do público gay, do qual em símbolo. Para levar seu projeto adiante, Daniela Mercury vem repetindo seu discurso contra o deputado-pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara e que é acusado de homofobia por ser contra o casamento ou união entre pessoas do mesmo sexo.
O discurso da cantora contra Feliciano já cansou e perdeu força, pois o parlamentar, ao contrário do que esperava uma minoria, não deixará tão cedo a presidência da Comissão de Direitos Humanos, para a qual foi eleito à sombra do regimento da Câmara dos Deputados. O palavrório oportunista de Daniela Mercury estão tão desgastado quanto os espetáculos de malabarismo que tomam conta dos semáforos da cidade de São Paulo. No começo os motoristas se sensibilizavam e davam algum dinheiro aos malabaristas, mas agora não mais.
Que os homossexuais e defensores da causa percebam o quanto antes que estão sendo usados como massa de manobra por um grupo de alarifes que cada vez mais enchem os bolsos no vácuo de um tema que começa a cair na mesmice do cotidiano.