Protestos levam petistas e aliados ao descontrole e colocam o Palácio do Planalto no olho do furacão

Melhor não falar – Com a ajuda de alguns colaboradores midiáticos, o Palácio do Planalto estuda uma resposta à onda de protestos que tomou conta de doze capitais na segunda-feira (17). Querem os petistas palacianos minimizar os estragos e manter o sonho da presidente Dilma Rousseff de conquistar um novo mandato em 2014, algo cada vez mais difícil com o passar do tempo.

Como a esperança é a última que morre, segundo a sabedoria popular, o PT deve, caso queira preservar seus planos de poder, controlar alguns dos seus integrantes, que nas últimas horas têm feito declarações estapafúrdias.

Ministro do Esporte, Aldo Rebelo disse que o governo não aceitará qualquer manifestação que impeça a realização dos jogos da Copa das Confederações. Uma declaração desnecessária no momento em que um dos temas dos protestos é o volume de dinheiro público despejado nas obras para a Copa do Mundo, começando pelos estádios, alguns dos quais gestados como verdadeiros “elefantes brancos”.

Outro petista que tropeça na verborragia é o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, que afirmou que o protesto realizado no último sábado (15), diante do Estádio Mané Garrincha, foi um ato pago supostamente por partidos de oposição. O palavrório desconexo do governador do DF foi uma tentativa de atenuar a ação truculenta da Polícia Militar contra manifestantes que promoviam um ato pacífico.

Agnelo Queiroz tropeçou no próprio discurso, pois entre os organizadores do protesto ocorrido no final de semana em Brasília estão servidores do Palácio do Planalto, diretamente subordinados ao ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República. Isso mostra mais uma vez a incapacidade do PT em combinar com antecedência qualquer declaração, não sem antes provar que na esquerda brasileira o fogo amigo é muito mais forte do que se imagina.