Base aliada do governo começa a se posicionar contra a proposta de plebiscito para a reforma política

Turma do contra – Não bastasse os entraves políticos e burocráticos para a realização de um plebiscito neste ano, a presidente Dilma Rousseff enfrenta a rebelião de boa parte da chamada base aliada, que percebeu a manobra palaciana que tem como objetivo a criação de caminhos que levam ao totalitarismo esquerdista.

Diante de câmeras e microfones a cautela tem predominado, mas nos bastidores as declarações são contundentes. Na tarde desta quarta-feira (3), o senador Pedro Taques (PDT-MT) ocupou a tribuna da Casa e chamou de farsa a proposta enviada ao Congresso por Dilma Rousseff. Depois de comparar o pacto apresentado pela presidente com a montanha parindo um rato, Taques confirmou tese antecipada pelo ucho.info e disse que o objetivo do governo é promover uma reforma eleitoral, não uma reforma política.

O parlamentar pedetista que uma reforma política precisa ser muito mais ampla do que o projeto palaciano, devendo discutir inclusive a reeleição dos ocupantes de cargos majoritários, como é a Presidência da República. Pedro Taques lembrou que o candidato à reeleição não pode ter privilégios, como forma de preservar o princípio da igualdade e da isonomia na disputa eleitoral. Ou seja, os representantes do Executivo não podem se valer da máquina estatal para alavancar suas campanhas com vistas à reeleição.

Pedro Taques foi antecedido pelo senador Ivo Cassol (PP-RR), outro integrante da base aliada. Cassol declarou cm excesso de clareza que votará contra a proposta do plebiscito, caso a matéria seja levada à discussão mesmo depois de tantas contrariedades. Se insistir no tema, Dilma cometerá um enorme erro político.