Perdendo o bonde – Quando o ucho.info afirma que o governo do PT é escandalosamente incompetente e que os palacianos desconhecem o mais raso significado da palavra “planejamento”, integrantes da esquerda nacional se revoltam, pois enfrentar a realidade não é tarefa fácil.
No final de 2008, o então presidente Lula, hoje um lobista em fuga permanente, ocupou os meios de comunicação para pedir aos brasileiros que mantivessem o consumo em níveis elevados. A receita mágica (sic) tinha como justificativa a minimização dos efeitos da crise internacional, que Lula resolveu chamar de “marolinha”.
À época. Este site alertou para o perigo das medidas presidenciais, pois antes de estimular o consumo era preciso preparar o País para as consequências. Acusando-nos de torcer contra o Brasil, o governo ignorou a lógica e partiu para um programa que serviu apenas para alçar o ex-metalúrgico a índices mentirosos de aprovação popular.
A primeira medida emoldurada pela utopia oficial foi o derrame de carros novos nas grandes cidades brasileiras. Aos palacianos de então respondemos que enxurradas de automóveis deveriam ser precedidas por investimentos na mobilidade urbana. Sem querer enxergar o óbvio, o governo do PT colaborou para a sensível piora do trânsito e muitas das mais importantes metrópoles brasileiras.
Com o estrago consumado, o governo de Dilma Rousseff, que não pode falar em herança maldita, agora corre contra o tempo. Na semana que ora começa, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, tem reuniões com governadores de alguns estados para tratar das obras da mobilidade urbana. Medida tardia que produzirá algum efeito dentro de cinco anos ou mais.
Na ocasião em que fomos acusados pelos palacianos, alertamos para o fato de que em cinco anos, no máximo, o Brasil enfrentaria um nó. Tudo porque o governo populista de Lula precisava atender à demanda reprimida de consumo de parte da população, que se endividou além do limite para colocar um carro na garagem.
