PT do Paraná culpa Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo por levar pedófilo ao Palácio do Planalto

Saia justa – O PT do Paraná está às voltas com o escândalo envolvendo o pedófilo Eduardo Gaievski, guindado ao cargo de assessor especial da Casa Civil, para onde foi levado pela ministra Gleisi Hoffmann, e cuja incumbência era tratar de assuntos relativos a menores (combate ao crack e creches). Os petistas que disputarão as eleições de 2014 avaliam que o caso provocará consequências irreparáveis à imagem do partido, que já não é boa no Paraná.

A indignação maior é com casal petista Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo, que conhecia bem Gaievski e não deveria ignorar suas delinquências sexuais. Gaievski era investigado há três anos por 23 estupros quando foi levado a Brasília e sua fama era conhecida pelo casal de ministros.

A intimidade de Gleisi e Paulo Bernardo com Gaievski é antiga. Em 2007, quando era prefeito de Realeza, o pedófilo entregou um título de cidadania honorária para ao atual ministro das Comunicações, que à época ocupava a pasta do Planejamento. A condução de Gaievski a Brasília, como assessor de Gleisi Hoffmann, teve o pronto aval do ministro.

O PT do Paraná quer agora que o casal use sua influência para convencer Gaievski a se entregar evitando que o partido “continue sangrando”. Gaievski, no entanto, tem se agarrado à sua conhecida arrogância e estaria exigindo total blindagem judicial para se entregar.

Na bancada estadual do PT ninguém ousou defender Eduardo Gaievski ou Gleisi. Somente uma suplente de vereadora e secretária da Mulher da prefeitura de Curitiba, comandada por Gustavo Fruet (PDT), soltou uma nota de desagravo à ministra-chefe da Casa Civil, que rapidamente caiu no ridículo. Existe unanimidade na classe política em relação à delicada situação de Gaievski, que é indefensável.

Depois dos crimes cometidos por Gaievski, a ousadia maior ficou por conta da ainda chefe da Casa Civil, que ao falar sobre o caso tentou se fazer de vítima. O pior é que Gleisi colocou em xeque a eficiência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), que teriam sido enganados por Eduardo Gaievski.