Gleisi Hoffmann complica-se a cada vez que tenta explicar o escândalo do assessor pedófilo da Casa Civil

Lenha na fogueira – Compreender o fato de que a presidente Dilma Vana Rousseff e seus assessores mais próximos foram espionados pelo governo norte-americano não requer nenhum esforço descomunal do raciocínio. Basta considerar que um pedófilo, com currículo conhecidíssimo no Paraná, foi guindado ao cargo de assessor especial da Casa Civil, tendo trabalhado a poucos metros do gabinete presidencial.

Preso pela polícia paranaense em Foz do Iguaçu, Eduardo Gaievski, o delinquente sexual, tem, além de seus advogados, mais uma defensora fervorosa. Trata-se de sua ex-chefe, a petista Gleisi Hoffmann, que continua tentando minimizar o estrago com explicações estapafúrdias.

Em seu perfil no Facebook, Gleisi saiu em defesa do pedófilo, alegando que “a contratação do ex-prefeito [Realeza] levou em consideração a avaliação da gestão do mesmo na prefeitura de Realeza. Foi reeleito por 87% da população e teve aprovação elevada na política de saúde. Precisávamos de alguém com a visão de município para avaliar a adequação dos programas e projetos que estávamos implementando e que precisam de parceria forte com as prefeituras”.

Definitivamente Gleisi Hoffmann não tem a mínima qualificação para fazer parte de um governo, principalmente do Partido dos Trabalhadores, sempre marcado por escândalos de todos os naipes. Nessa situação, o melhor que a ainda chefe da Casa Civil poderia fazer á permanecer calada, aguardando um novo escândalo para que o de Gaievski caia nos esquecimento. Literalmente amadora em termos políticos, Gleisi continua alimentando o caso do assessor pedófilo, como se qualquer palavrório explicasse o inexplicável.

Confira abaixo a nota de esclarecimento emitida por Gleisi Hoffmann

“Diante das notícias veiculadas nos jornais e das críticas que me são imputadas pela contratação de Eduardo Gaievski na Casa Civil, gostaria de apresentar a todos e todas as verdades dos fatos no relato que segue:

Em 23 de janeiro deste ano o ex-prefeito de Realeza, Eduardo Gaievski, veio trabalhar na Casa Civil para acompanhar, em nível de monitoramento, programas de políticas públicas desenvolvidos em parceria com municípios, especialmente os voltados à área de saúde.

Para a contratação de qualquer servidor em cargos de confiança, o governo federal adota uma série de procedimentos com o objetivo de buscar informações. Em nenhum momento, durante o processo de contratação, foi encontrada qualquer indicação sobre as acusações que hoje surgem contra Eduardo Gaievski.

A pesquisa realizada pela Agência Brasileira de Inteligência – ABIN, foi entregue à Casa Civil em 21/01/2013, além de uma certidão negativa apresentada pelo ex-servidor, assinada, aliás, pelo mesmo juiz que decretou sua prisão posteriormente. A nomeação foi assinada no dia 23/01/2013 e publicada no dia 24/01/2013. A certidão positiva que agora é citada por meios de comunicação, apareceu depois da nomeação. Nunca tivemos nenhuma advertência sobre os processos que corriam. Ninguém, repito, ninguém nos procurou para falar sobre eles, nem antes, nem após a nomeação de Eduardo Gaievski.

A contratação do ex-prefeito levou em consideração a avaliação da gestão do mesmo na prefeitura de Realeza. Foi reeleito por 87% da população e teve aprovação elevada na política de saúde. Precisávamos de alguém com a visão de município para avaliar a adequação dos programas e projetos que estávamos implementando e que precisam de parceria forte com as prefeituras.

Lamento profundamente essa situação. Tenho uma história de vida, não só política, em defesa da mulher e de seus direitos, assim como também das crianças e adolescentes. As acusações imputadas a Eduardo Gaievski são da mais alta gravidade e têm de ser apuradas, levando-se as últimas consequências. Jamais compactuei ou compactuarei com crimes, ignorando-os ou acobertando-os. O que estiver ao meu alcance para evidenciar a verdade e garantir justiça, eu farei.

É leviano que utilizem um episódio dessa natureza com finalidade política. Mesmo entre adversários tem de haver limites.”