Fechando o cerco – Com provas materiais irrefutáveis, uma testemunha promete engrossar o já volumoso inquérito que investiga os crimes sexuais de Eduardo Gaievski, ex-assessor especial e braço direito de Gleisi Hoffmann na Casa Civil, com gabinete a poucos metros da presidente Dilma Rousseff.
A testemunha-bomba é T.A.F., uma menina de 14 anos que foi estuprada e prostituída pelo pedófilo em 2011, quando tinha 12 anos. Rejeitada pela família, a menina se tornou garota de programa. Pressionada por Gaievski, com seu insaciável apetite por sexo e novidades sexuais, passou a agenciar outras crianças para saciar o pedófilo. Mas durante dois anos a vítima do predador sexual arquitetou sua vingança.
T.A.F. decidiu que não se limitará a depor contra Gaievski. Revoltada com o pervertido que destruiu sua vida, gravou em seu celular – um velho telefone Nokia 6101 – conversas muito comprometedoras com o ex-prefeito de Realeza. Nas gravações, T.A.F. liga para Gaievski para confirmar um programa de sexo pesado.
O então prefeito petista de Realeza, Sudoeste do Paraná (que por indicação de Gleisi comandava os principais programas do governo federal para tratar de questões ligadas a menores), deixa claro na ligação que quer muito sexo.
Eduardo Gaievski encomenda à menina, que estuprou e transformou em garota de programa, uma sessão de sexo grupal. Quer três garotas menores para atendê-lo. É exigente, não aceita qualquer uma. Quer as meninas certas, que sejam todas “gatinhas” e reclama de ter de buscar uma delas: “Lá no meio do mato”.
Ao contrário do áudio postado no YouTube, com mais de 10 mil acesos e que está sendo periciado pelo Ministério Publico, em que um homem identificado como Gaievski relata arrogante e rindo, numa roda de amigos, como estuprou uma garota de 14 anos, nas gravações feitas por T.A.F aparece um homem desconfiado. Logo no início da conversa dá sinais de recear estar sendo gravado. Mas Gaievski vai se soltando e, no fim, já bastante desenvolto, revelando o canalha que é. A certa altura diz para a garota que estuprou e prostituiu: “Você sabe muito bem o quanto eu respeito e gosto de você”.
