Mantega diz que o governo descarta qualquer método de indexação para reajustar combustíveis

combustivel_08Drible novo – Ainda ministro da Fazenda e alvo de muitas das piadas contadas no mercado financeiro nacional, Guido Mantega afirmou nesta terça-feira (26) que o governo descarta qualquer tipo de indexação para corrigir os preços dos combustíveis. De acordo Mantega, uma “modalidade” para possível reajuste está sendo analisada e amadurecida pela direção da Petrobras e por integrantes da área econômica do governo.

“Nós estamos amadurecendo uma modalidade, não vou dizer nem uma fórmula, para o eventual reajuste de combustível. Evidentemente, não pode ser uma indexação”, disse o ministro após reunião com a diretoria executiva da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O petista destacou que o governo vem trabalhando para desindexar a economia e reduzir a inflação.

Mantega não deixou claro quando a “modalidade” que encontra-se em fase de maturação estará concluída e pronta para entrar em cena. De acordo com o titular da Fazenda, o assunto está sendo discutido entre a direção e o Conselho de Administração da Petrobras, o que o impede de fazer qualquer previsão sobre eventual reajuste do preço dos combustíveis.

O que se sabe é que o inoperante governo de Dilma Rousseff, que há muito perde para a inflação, tem postergado como pode a majoração do preço da gasolina e do diesel, o que impactaria no cálculo do mais temido fantasma da economia. Mesmo que para isso seja necessário deixar a maior empresa brasileira, a Petrobras, em sérias dificuldades financeiras.

Tal situação decorre da aversão que o PT tem ao planejamento, pois nada disso estaria sendo discutido se Lula não tivesse entupido as cidades brasileiras com automóveis novos. Com o crescimento meteórico da frota, a Petrobras, que nos últimos anos viu reduzir sua capacidade de produção, foi obrigada a importar combustíveis, vendidos no mercado interno a preços subsidiados.

Apesar de toda a lambança patrocinada na última década, os petistas não perdem uma oportunidade sequer para posar como herdeiros de Aladim. O Brasil vive um preocupante “faz de conta”, sem que a população esboce qualquer reação. No momento em que a conta não fechar, sem direito a recálculo, por certo será tarde demais para reclamar. Enfim…