Temor do desemprego cresce entre brasileiros pela terceira vez consecutiva, aponta a CNI

desemprego_05Sinal vermelho – Cresceu, entre setembro e dezembro, o temor dos brasileiros em relação à perda de emprego, aponta pesquisa divulgada nesta quarta-feira (18) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o estudo Termômetros da Sociedade Brasileira, o Índice de Medo do Desemprego subiu de 72,5 para 73 pontos no período. Apesar de pequeno, o aumento do índice é o terceiro consecutivo, destacou a CNI. Mesmo assim, o índice revelado nesta quarta-feira é menor do que o registrado em dezembro de 2012, quando atingiu 74,5 pontos.

Sob o filtro da faixa etária, o grupo que demonstra maior temor em relação ao desemprego é o de cidadãos entre os 30 e 39 anos, com 75,9 pontos. Na sequência está o de brasileiros com idade entre 20 e 29 anos, com 73,1 pontos. Fora isso, o receio diante da possibilidade de desemprego é maior entre as classes mais elevadas. O levantamento da CNI mostra que o medo do desemprego alcançou 81,2 pontos entre os que ganham mais de dez salários mínimos. Entre os que ganham de cinco a dez salários mínimos, o índice é de 78,8 pontos.

O estudo Termômetros da Sociedade Brasileira mede também o Índice de Satisfação com a Vida dos cidadãos. Em dezembro, o índice atingiu 103,2 pontos, valor idêntico ao apurado em setembro passado. Na comparação com o mesmo mês de 2012, o Índice de Satisfação com a Vida registrou queda de 2%. Os dados foram coletados entre os dias 5 e 9 deste mês, com 2002 pessoas entrevistadas em 141 municípios.

Como sempre afirma o ucho.info, em um país com quase 200 milhões de habitantes e 5.570 municípios, uma pesquisa como a divulgada pela CNI não traduz a realidade do País, não importando o objeto do levantamento de dados. O Brasil é muito maior e mais complexo do que mostram as pesquisas que são disponibilizadas ao público. O temor da população em relação à possível perda do emprego é muito maior do que se imagina.

A situação torna-se ainda pior quando o demitido sai em busca de um novo posto de trabalho. Para não estender o convívio com o fantasma do desemprego, o trabalhador muitas vezes aceita salário menor do que o anterior. Isso faz com que a média do poder de compra do brasileiro caia lenta e seguidamente. O que ao longo dos anos acaba refletindo na economia como um todo.