Prévia da inflação acelera em dezembro, fecha o ano em 5,85% e mostra que 2014 será turbulento

inflacao_21Sinal de alerta – Prévia da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) fechou o ano de 2013 em 5,85%. O IPCA-15 é Antecipação do resultado consolidado da inflação oficial (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o IPCA-15 deste mês foi calculado com base em preços coletados até o último dia 12, quinta-feira.

No mês de dezembro, o IPCA-15 ficou em 0,75%, índice acima do mês de novembro deste ano (0,57%) e de dezembro de 2012 (0,69%). A elevação do índice entre novembro e dezembro foi motivada principalmente pelos aumentos de 20,15% dos preços das passagens aéreas e de 2,15% dos preços da gasolina.

No acumulado do ano, os alimentos registraram um dos principais aumentos de preços, com inflação de 8,5%. Outras altas acima da taxa de 5,85% foram observadas nos grupos de despesas pessoais (9,19%), educação (7,9%), saúde e cuidados pessoais (7,08%) e artigos de residência (6,24%).

Enquanto as autoridades econômicas do governo petista de Dilma Rousseff se satisfazem com a inflação oficial, no cotidiano o mais temido e assustador fantasma da economia gravita na órbita de 20%, índice elevado para um país cujo PIB cresce de maneira pífia, na esteira da incompetência cada vez mais evidente dos palacianos.

Inflação anula aumento do salário mínimo

Considerando apenas a inflação oficial, o aumento do salário mínimo, de 6,5%, já desapareceu no rastro da incompetência do estrago provocado por Lula e seus sequazes na economia verde-loura. Programado para vigorar a partir de 1º de janeiro, o novo salário mínimo será de R$ 622. Tomando por base a informação do IBGE de que dois terços da população brasileira recebem menos de dois salários mínimos mensais, a situação econômica do País não é tão confortável quanto afirma a presidente Dilma Rousseff.

Para o próximo ano as previsões não são das melhores no campo da inflação. Com a decisão do Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) de começar a reduzir os estímulos á economia norte-americana a partir de janeiro, os países emergentes sentirão os efeitos colaterais dessa medida. O Fed, que vinha injetando na economia ianque US$ 85 bilhões todos os meses, por meio da compra de ativos, anunciou que reduzirá esse estímulo em US$ 10 bilhões já em janeiro 2014, como programação de enxugamento gradual da liquidez do mercado.

Os dólares que foram despejados na economia norte-americano nos últimos anos acabaram migrando para mercados emergentes, como o Brasil. Isso fez com que o dólar desvalorizasse diante do real, ajudando o governo do PT a manter sob controle a inflação cada vez mais resistente. Com a redução gradual da liquidez nos EUA, a tendência é que o dólar volte a subir no mercado brasileiro, dificultando o controle da inflação.