Sem solução – Um atentado a bomba em Beirute nesta sexta-feira (27) causou a morte de cinco pessoas, entre elas Mohammad Chatah, ex-ministro libanês das Finanças. De acordo com a agência de notícias ANI, cerca de cinquenta pessoas ficaram feridas no atentado.
Sunita, Chatah era um conselheiro próximo do ex-primeiro-ministro Saad Hariri, principal líder da oposição libanesa e que, a partir da França, lidera a coligação contrária ao regime do presidente sírio, Bashar al-Assad.
Chatah, que foi também embaixador em Washington, foi morto quando se dirigia para a casa de Hariri, onde haveria uma reunião da coligação 14 de Março, grupo hostil ao regime de Bashar al-Assad e apoiador da oposição síria.
O atentado foi perpetrado com um carro-bomba. Segundo testemunhas, o alvo era o comboio de Chatah. O pai de Hariri, o influente empresário e político Rafiq Hariri, também foi morto em atentado com um carro-bomba em Beirute, em fevereiro de 2005. Á época, apoiadores de Hariri culparam o regime sírio.
Pouco antes do atentado, Chatah publicou uma mensagem no microblog Twitter, na qual criticou a milícia xiita Hezbollah, que apoia também militarmente o regime de Bashar al-Assad. Chatah acusou o Hezbollah de tentar implantar no Líbano uma hegemonia política e militar nos moldes daquela que a Síria teve ao longo de quinze anos.
Quem acompanha os assuntos do Oriente Médio sabe que a Síria é, há muitos anos, a grande ameaça ao Líbano, que não consegue se ver livre dos terroristas ligados ao clã Assad – o finado ditador Hafez al-Assad, que governou de 1971 a 2000, e seu filho e sucessor Bashar al-Assad, também tirano e sanguinário. (Com agências internacionais)