Líder do PPS quer explicações do governo sobre baixo investimento em prevenção de catástrofes

espirito_santo_01Sem resposta – O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), afirmou que vai solicitar a convocação da Comissão Representativa do Congresso Nacional para analisar a ineficácia do governo federal na prevenção de catástrofes naturais. O parlamentar classificou a situação como criminosa e ressaltou o descaso da gestão petista com o problema que, anualmente, atinge o país. Para Bueno, a burocracia criada pelo Executivo dificulta a assistência da sociedade que sofre com as tragédias.

Rubens Bueno apresentou, nesta sexta-feira (27), requerimento solicitando a convocação da Comissão Representativa para analisar a questão. Ele quer que o grupo convoque o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, para explicar o baixo investimento do governo na prevenção de desastres. “Entra governo e sai governo e a coisa se repete. No Brasil, as catástrofes naturais têm data e hora marcada. A gestão petista não faz nada, não faz planejamento e nem executa o que está no orçamento. É o fim da picada”, disse.

Segundo o parlamentar, a Medida Provisória publicada por Dilma Rousseff não resolve a situação. “É um paliativo. Já vimos isso antes. Dois anos atrás, após a morte de centenas de brasileiros, convocamos aqui no Congresso o então ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, para dar explicações. Prometeram uma série de ações. De lá para cá nada significativo foi feito e a situação se repete novamente. Pessoas sofrendo devido a inoperância do governo federal. É um descaso completo com a sociedade, principalmente com a parcela que se encontra em áreas de risco”, criticou.

De acordo com a reportagem publicada pelo jornal “O Globo”, o governo federal investiu apenas 28% dos recursos destinados ao Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais. Segundo o levantamento realizado pela ONG Contas Abertas, o Executivo gastou apenas R$ 5,3 bilhões, dos R$ 18,8 bilhões, previstos para a prevenção de tragédias naturais.