Comissão de Direitos Humanos do Senado vai ao MA em missão política, não humanitária

complexo_pedrinhas_02Pano quente – Integrantes da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal reuniram-se nesta segunda-feira (13) com a governadora Roseana Sarney e o grupo de gestão de crise criado para cuidar da onda de violência que tomou conta dos presídios do Maranhão, que José Sarney e sua horda de seguidores conseguiram transformar no mais miserável estado brasileiro, reduto do Apartheid verde-louro.

O encontro dos integrantes da CDH com Roseana aconteceu depois de vista ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, palco do foco maior da violência que ganhou o noticiário nacional e internacional. Essa reunião certamente resultará em algo positivo em termos de melhoria das condições dos presídios maranhenses, pois acima dos direitos humanos estão os interesses políticos do grupo político de Roseana e da presidente Dilma Rousseff, que precisa do PMDB para levar adiante o seu projeto de reeleição. O que explica a demora da presidente em tomar alguma atitude em relação ao tema.

Estiveram em São Luís a presidente da CDH do Senado, senadora Ana Rita (PT-ES), o vice João Capiberibe (PSB-AP), além dos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Humberto Costa (PT-PE). Os senadores maranhenses Edinho Lobão Filho (PMDB-MA) e João Alberto (PMDB-MA) também integram a Comissão. Analisando o perfil político dos citados é possível concluir que o encontro serviu para nada. Fosse corajosa, Roseana agendaria reunião com a bancada maranhense da Câmara dos Deputados e receberia em palácio os deputados estaduais.

O mais curioso nessa epopeia sanguinária é que a visita dos senadores ao Complexo de Pedrinhas ocorreu depois que um grupo formado por deputados da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Maranhão e por integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foram impedidos, na última sexta-feira (10), de visitar a unidade prisional. Tempo suficiente para o governo fazer uma maquiagem no local, escondendo as condições desumanas a que são submetidos os que têm contas a acertar com a Justiça.

O Complexo Penitenciário de Pedrinhas tem a administração terceirizada e, confirmando a tese de que política é negócio milionário e exclusivo de um grupelho, o dono da empresa responsável pelo gerenciamento do presídio é sócio do marido de Roseana Sarney, o “globetrotter” Jorge Murad.