Geraldo Alckmin se acovarda, aciona os punhos de renda e diz que “rolezinho” é atividade cultural

(Foto: Marcos de Paula - Agência Estado)
(Foto: Marcos de Paula – Agência Estado)
Sem noção – Quando a aplicação da lei depende dos interesses de políticos e partidos, o Estado Democrático de Direito está refém da balburdia institucional. O Brasil tornou-se o paraíso dos defensores do politicamente correto, sem que a estrita aplicação da legislação vigente seja respeita. Sobra, de Norte a Sul, um punhado de sociólogos que, na esteira do esquerdismo obsoleto, enxerga problemas e equívocos em qualquer ação oficial para a manutenção da ordem. Tal situação cai como luva da mais fina no caso dos chamados “rolezinhos”.

Temendo o oportunismo da chicaneira esquerda tupiniquim, liderada pelo X-9 Luiz Inácio da Silva, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), inovou ao classificar os “rolezinhos” de atividade cultural. “O rolê, o passeio, a volta é uma atividade cultural. É problema de polícia se há depredação, se há roubo”, afirmou o tucano. Horas antes, o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, disse que os “rolezinhos” são movimentos culturais e não devem ser rechaçados com o uso de força.

Movimentos sociais prometem para as 17 horas desta quinta-feira (16) um “rolezão popular” nos shoppings Jardim Sul e Campo Limpo, ambos na Zona Sul paulistana. O que mostra que na maior cidade brasileira é grande o número de desocupados. Como até hoje não se tem notícia de que dinheiro dá em árvore, esses inovadores da cultura popular devem ser financiados por grupos que têm interesse na desordem.

De acordo com Geraldo Alckmin, a Polícia Militar de São Paulo atuará apenas em caso de tumultos. “A parte interna dos shoppings é segurança privada e a parte externa é da polícia. Mas, se houver necessidade, a polícia é parceira para proteger a população”, afirmou o governador.

O ucho.info não está a defender a proibição dos direitos constitucionais da livre manifestação do pensamento e do de ir e vir, mas é preciso compreender que as cláusulas pétreas da Carta Magna não podem ser usadas para endossar a transgressão legal. Os manifestantes que saíram às ruas de São Paulo em junho de 2013 para protestar contra R$ 0,20 de aumento na tarifa do transporte público também alegaram ser um movimento social, que culminou com ondas de vandalismo que destruíram diversos pontos da maior cidade brasileira. Protestar é um direito de qualquer cidadão, desde que seja respeitado o conjunto legal vigente.

Nos Estados Unidos, onde a democracia é clara e inconteste, a lei é respeitada e qualquer manifestação desordeira que faça apologia à violência é submetida à rigidez da lei. Os chamados “rolezinhos” são missas encomendadas por grupos políticos de extrema esquerda que tentam desestabilizar adversários em várias regiões do País, com o estrito objetivo de, no vácuo da baderna, avançar com o projeto que busca transformar o Brasil em uma versão agigantada da combalida e bolivariana Venezuela.

Para os sociólogos da “esquerda caviar” é muito fácil rotular de maneira distorcida a manutenção da ordem pública, obrigação constitucional do Estado, quando o objetivo é abrir clareiras para que o Palácio dos Bandeirantes seja tomado de assalto pelos bandoleiros que ocupam o poder central e destruíram a economia brasileira em apenas uma década. Os protagonistas dos “rolezinhos” alegam que o objetivo do movimento é a diversão, mas aqueles que querem se divertir não precisam de clima de terror como senha.

Essa é mais uma operação orquestrada e que está sendo custeada por políticos profissionais que se aproveitam do radicalismo obtuso de alguns e do fato de o terror urbano ter virado moda. Não é assim, dessa forma equivocada, que se constrói uma sociedade justa e igualitária. Isso só é possível quando o bom senso prevalece. Não se tem notícia de que shopping centers tenham barrado pobres ou negros, mas os verdadeiros interessados nesse “movimento cultural” (sic) querem usar o confronto social como ferramenta eleitoreira.

Por enquanto somente os sociólogos, cultivadores da tese do politicamente correto, é que se manifestaram, mas os defensores dos direitos humanos em breve tomarão a palavra. Até lá, que os prejuízos causados pelos “rolezinhos” sejam rateados entre esses incentivadores da desordem pública. No tocante aos defensores dos direitos humanos, que só têm olhos em direção única, esses deveriam abrir negócios em locais onde chamados “movimentos culturais” se manifestam.

Em relação à posição covarde e submissa do governo paulista, Geraldo Alckmin e seu grupo deveriam abandonar os punhos de renda e fazer cumprir o que determina a lei. Tolerância zero, independentemente de quem seja o agente da desordem pública.