Como se o Brasil não vivesse uma grave crise, Dilma trabalha para resolver imbróglio na Venezuela

dilma_rousseff_420Jogo sujo – Pode até parecer piada, mas a presidente Dilma Vana Rousseff, responsável pelo desgoverno que vem arruinando o Brasil, disse nesta terça-feira (11) que a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) deve criar comissão de interlocutores para buscar um acordo entre o governo o tiranete Nicolás Maduro e a oposição venezuelana.

“Os presidentes mandaram os seus ministros de Relações Exteriores para fazer uma reunião, criar uma comissão, que pode ter todos os países da região, e fazer a interlocução pela construção de um ambiente de acordo, consenso, estabilidade, na Venezuela”, disse Dilma, como se o Brasil não vivesse uma profunda crise política, a ponto de o maior partido da chamada base aliada estar liderando uma rebelião no Congresso Nacional.

Durante a reunião da Unasul, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elías Jaua, pretende apresentar proposta para que a comissão participe do diálogo com a oposição venezuelana na conferência de paz convocada pelo governo de Nicolás Maduro. “Vamos mostrar aos colegas da Unasul o processo de agressão ao povo e às instituições venezuelanas e obter o apoio de uma comissão para o diálogo na conferência de paz”, afirmou Jaua.

Há nessa operação oportunista dois detalhes a serem considerados. O primeiro deles é que a Unasul é formada por países cujos governantes, em sua maioria, defendem o regime totalitarista iniciado pelo delinquente Hugo Chávez e que agora cambaleia sob a batuta de Nicolás Maduro. Em outras palavras, essa tal comissão que será formada não terá ouvidos para a oposição venezuelana.

O segundo detalhe, talvez o mais importante, é que a oposição venezuelana não é a maior ameaça ao governo de Maduro, mas, sim, os próprios aliados. O discurso de Nicolás Maduro acusando a oposição de tramar um golpe é mentiroso, pois é sabido que o problema maior está no próprio Palácio de Miraflores, sede do Executivo venezuelana. Portanto, não há o que conversar com os oposicionistas, a quem interessa que Maduro sangre politicamente até as próximas eleições ou, então, até o momento de sua queda, o que se dará pela ação dos militares venezuelanos.

Os verdadeiros democratas latino-americanos não podem aceitar esse jogo rasteiro da Unasul, pois o máximo que se pode esperar desse encontro é uma encenação pífia para garantir a continuidade do chavismo, modelo político que ao longo dos anos destruiu a Venezuela em termos democráticos e econômicos.