Cinco aviões avistam possíveis destroços do Boeing 777 desaparecido

malaysia_airlines_14 (reuters)Mistério continua – Após mudança na região de busca pelo Boeing 777-200 da Malaysia Airlines, desaparecido desde o dia 8 de março, possíveis destroços do voo MH370 foram avistados nesta sexta-feira (28) por cinco das dez aeronaves que integram que busca incessantemente vestígios da aeronave no sul do Oceano Índico.

“Fotografias foram tiradas dos objetos e serão analisadas durante a noite”, afirmou um porta-voz da Autoridade de Segurança Marítima Australiana (AMSA). Contudo, a confirmação de que esses objetos são realmente do avião desaparecido só deve acontecer no sábado (29), quando é esperada a chegada do primeiro navio ao local.

A Marinha chinesa deslocou o navio patrulheiro Haixun 01 para a área onde os objetos foram avistados. “A expectativa é de que o tempo esteja razoável para a busca no sábado”, completou o porta-voz australiano.

Esses foram os primeiros objetos avistados após a AMSA mudar em cerca de mil quilômetros para o norte a área de busca. A mudança foi feita com base em novas informações enviadas pelo governo da Malásia.

Novo local

De acordo com as autoridades, análises de radares e satélites revelaram que o Boeing 777-200 voava em uma velocidade bem maior do que a calculada anteriormente. Assim, o uso de combustível foi maior, reduzindo a distância que a aeronave percorreu rumo ao sul do Oceano Índico.

A diferença entre o antigo local das buscas e o novo equivale a uma distância maior do que a existente entre Londres e Berlim, por exemplo. Nesta sexta-feira, dez aviões, de seis países, vasculharam uma região de 319 mil quilômetros quadrados, a cerca de 1.850 quilômetros da cidade australiana de Perth. Neste ponto, a profundidade no oceano varia entre 2 e 4 mil metros.

O Boeing 777-200, que saiu de Kuala Lumpur com destino a Pequim, desapareceu com 239 pessoas a bordo. Após dias de mistério, na última segunda-feira (24), o governo da Malásia confirmou que o avião caiu no Oceano Índico e descartou a possibilidade de haver qualquer sobrevivente.

Até o momento, as causas que levaram os pilotos a mudarem a rota do voo MH370 e o motivo da queda continuam na seara do mistério, que só será revelado quando as caixas-pretas da aeronave forem encontradas. O problema é que na próxima as baterias das caixas-pretas deixam de funcionar (têm durabilidade média de 30 dias) e por consequência a emissão de sinais é interrompida. (Com agências internacionais)