Deputado quer detalhes do pagamento do FGTS a Gleisi por ocasião da sua saída de Itaipu

gleisi_hoffmann_21Linha de tiro – Deputado federal pelo PSDB gaúcho, Nelson Marchezan Júnior aprovou requerimento ao ministro Edison Lobão (Minas e Energia) no qual cobra relatórios, pormenorizados, do FGTS pago à senadora Gleisi Hoffmann (PT) quando da exoneração da petista da diretoria financeira da hidrelétrica de Itaipu, em 26 de março de 2006. No mesmo requerimento, o parlamentar tucano faz pedidos de uma série de despesas de Gleisi pagas pela porção brasileira da binacional.

Gleisi deixou a binacional para disputar uma vaga no Senado pelo Partido dos Trabalhadores. O normal seria pedir exoneração do cargo, mas, protegida pelo diretor-geral da Itaipu, o também petista Jorge Samek, Gleisi foi exonerada do cargo, o que lhe permitiu embolsar R$ 150 mil de FGTS e verbas indenizatórias. Um privilégio descabido a que nenhum trabalhador tem direito.

Marchezan também quer os relatórios dos gastos reembolsáveis por tratamento de saúde, diárias pagas, valores pagos em passagens aéreas (com os trechos voados por mês) de Gleisi entre os anos de 2003 a 2006, período em que a petista esteve diretora da empresa. Desde então, é notória e bisonha a ligação de Gleisi com agências de publicidade do Paraná, que agora detêm as maiores fatias da propaganda do governo federal.

Quando desconfiou que fora traído por Paulo Bernardo e Gleisi (de quem era coordenador de campanha, por causa de seu apoio ao “volta Lula”), André Vargas deu dicas precisas sobre ligações nada republicanas do casal Gleisi-PB. “Vargas insinuou que Bernardo é beneficiário do propinoduto que opera na Petrobras. O ministro, de acordo com o deputado, seria o intermediário de contratos entre empresas, recorrentes em escândalos petistas, e a petroleira. Paulo Bernardo teria recebido corretagem por isso, recolhida e repassada pelo “Beto”. É assim, com intimidade de sócio e amigo, que André Vargas trata o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal sob a acusação de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro que teria chegado a R$ 10 bilhões. Parte desse valor, como revelado nas últimas semanas, refere-se às propinas pagas na esteira das negociatas envolvendo a Petrobras.

À revista Veja, Vargas fez outra revelação explosiva: “Nas conversas com deputados, Vargas também citou como algo que o PT não gostaria de ver revelado o caso da agência Heads Propaganda, do Paraná. “A Heads é esquema deles”, declarou Vargas a colegas de partido. “Eles” seriam a senadora Gleisi Hoffmann e o ministro das Comunicações. Na gestão Dilma, a agência tornou-se líder em verbas recebidas do governo federal. A escalada meteórica está sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU).”

O deputado Nelson Marchezan pede relatório pormenorizado de gastos em publicidade oficial por parte da Itaipu, entre janeiro de 2003 a maio de 2014, especificando mês a mês os valores pagos, valores autorizados a veículos de comunicação social em televisão, rádio, internet, impressos, jornais, bem como os nomes das agências de publicidade envolvidas em cada contrato especificado nos gastos de publicidade, bem como se houve ou não licitação para contratação de empresa de publicidade no mesmo período.

Requer também, Marchezan Júnior, relatório pormenorizado dos gastos da hidrelétrica na rubrica “Responsabilidade Social e Responsabilidade Socioambiental” no período acima citado, especificando mês a mês os valores efetivamente pagos aos municípios e organizações sociais ou outros entes envolvidos nos projetos especificados.

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