Agarrado à bazófia após oficializar candidatura, Requião humilha o PT e diz que aceita Gleisi como vice

gleisi_hoffmann_50Ringue eleitoral – A vitória do senador Roberto Requião na convenção estadual do PMDB, que optou pela candidatura própria em lugar de aliança com o PSDB de Beto Richa na disputa pelo governo do Paraná, está fazendo suas primeiras vítimas no PT de Gleisi Hoffmann. A conhecida arrogância de Requião, um descontrolado comportamental, foi ao paroxismo e o senador passou a espalhar que Gleisi retiraria sua candidatura para apoiá-lo.

Simulando condescendência, alegou que poderia cogitar a hipótese de aceitar a senadora como sua vice. O clima no PT, onde a candidatura de Gleisi não decola, ficou ainda pior. Os petistas não esquecem que o senador já havia afirmado que o problema da senadora é que seu vice dos sonhos, Eduardo Gaievski, foi preso por praticar dezenas de estupros contra menores.

Enio Verri, presidente do PT do Paraná, precisou divulgar nota oficial desmentindo que Gleisi estivesse cogitando retirar sua candidatura ou disputando o posto de vice de Requião. O conhecido poder de desagregação do senador se manifestou até mesmo com familiares do ainda deputado federal e ex-petista André Vargas. Um irmão do parlamentar que integra a bancada do “laboratório-lavanderia” Labogen rejubilou publicamente em uma rede social com a vitória de Requião. Sinal de que setores do PT podem roer a corda com Gleisi.

Os “gleisistas” preparam um troco pesado. Prometem, além de enquadrar os companheiros dissidentes, abrir fogo pesado contra Roberto Requião. Dossiês sobre o irmão do senador, Eduardo ‘Naná’ Requião, que tinha milhões de dólares estocados em armários de casa quando era superintendente do Porto de Paranaguá, no governo do irmão, começam a circular pelas redações dos principais veículos de comunicação do Paraná. As relações ambíguas de Requião com as concessionárias do pedágio do Paraná também começam a ser exploradas pelos petistas.

O senador sempre se apresentou como grande adversário das concessionárias de rodovias, atacando de forma insistente a cobrança de pedágio. Ganhou duas eleições no rastro do mote “abaixar ou acabar com o pedágio”. Mesmo assim, o pedágio jamais acabou. Na verdade, além de aumentar em termos de tarifa, cresceu no Paraná em número de praças de pedágio nos dois últimos governos do peemedebista.

Na eleição que se avizinha, Roberto Requião tem como seu candidato ao Senado Federal – e grande financiador – o deputado federal Marcelo Almeida, herdeiro do falecido e não menos polêmico empreiteiro Cecílio do Rego Almeida (leia-se CR Almeida), e dono de duas das maiores concessões do estado (Ecovias e EcoCataratas). Apesar de toda essa enxurrada de contradições, o abusado Requião, conhecido como “Maria Louca”, insiste que só ele pode resolver os problemas do Paraná, um dos mais importantes estados da federação.

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