No encontro em Nova York, o órgão da ONU pediu respeito às leis humanitárias internacionais e a proteção de civis. “Os membros do Conselho de Segurança expressam profunda preocupação com o crescente número de vítimas”, disse o embaixador de Ruanda na ONU, Eugene-Richard Gasana, que detém a presidência rotatória do órgão. “Pedimos o fim imediato das hostilidades com base no acordo de cessar-fogo estabelecido em novembro de 2012” entre Israel e Hamas, declarou.
O representante palestino na ONU, Riyad Mansour, aprovou a medida e qualificou-a como um “teste para Israel”. “As horas e os minutos vão revelar se eles vão honrar e respeitar o apelo do Conselho de Segurança”, disse Mansour.
A reunião de emergência foi solicitada pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, que chamou a situação em Gaza de intolerável e descreveu os ataques de Israel como crimes contra a humanidade.
O embaixador israelense na ONU, Ron Prosor, retrucou as acusações, argumentando que Israel já aceitou a trégua proposta pelo Egito três vezes, mas precisa se defender dos mísseis lançados pelos militantes do Hamas. “A equação é simples. Os ânimos se acalmarão em Israel quando se acalmarem em Gaza. Estamos tentando defender o povo de Israel”, justificou.
Prosnor também negou que um soldado israelense tenha sido sequestrado na Faixa de Gaza, como havia sido divulgado neste domingo pelo braço armado do Hamas. “Não há nenhum soldado israelense sequestrado”, assegurou o embaixador.
A escalada da violência na região começou em junho, quando três jovens israelenses foram assassinados. O episódio foi seguido pela morte de um adolescente palestino num suposto ato de vingança, desencadeando acusações e agressões de ambos os lados, e culminando com o lançamento, no dia 8 de julho, da Operação Margem de Proteção – missão israelense para esgotar as capacidades do Hamas em Gaza. Desde então, 502 pessoas morreram e mais de 3 mil ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. (Com agências internacionais)