Economia brasileira avança na direção do precipício e pode detonar o projeto de reeleição de Dilma

crise_economica_15Fantasma à solta – A maior ameaça à candidatura de Dilma Rousseff, que concorrer à reeleição, é ela própria. Isso porque desde sua chegada ao principal gabinete palaciano a petista não conseguiu emplacar uma só medida de estímulo à economia, que confirmando as matérias do ucho.info se aproxima perigosamente do despenhadeiro da crise.

Sem saber o que fazer diante da realidade, o staff palaciano mergulha no desespero a cada divulgação de dados por parte do Banco Central. De acordo com a mais recente edição do Boletim Focus, que semanalmente consulta os economistas das cem maiores instituições financeiras em atividade no País, em 2014 a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar em 0,97%, contra 1,05% da previsão anterior. Trata-se da oitava queda consecutiva na previsão do PIB, o que já permite falar em “pibinho”, mesmo contra a vontade do governo. Para 12015, a previsão de crescimento da economia permaneceu em 1,5%, contra 1,6% um mês antes.

A situação pode também ser explicada pelo encolhimento do setor industrial em 2014. Der acordo com o BC, a projeção de crescimento da indústria para o ano saltou de -0,90% para -1,15%, ou seja retração em ritmo acelerado. Para o próximo ano, a expectativa do mercado financeiro é de crescimento industrial na casa de 1,70%, contra 1,80% da previsão anterior.

Segundo os economistas consultados pelo Banco Central, a inflação medida pelo IPCA deve fechar o ano em 6,44%, contra 6,48%. Apesar do pequeno recuo, a inflação continua beirando o teto (6,5%) do plano de metas estabelecido pelo desgoverno do PT, que ao longo de mais de uma década conseguiu arruinar a economia nacional. No contraponto, longe do IPCA, a inflação real, aquela enfrentada diuturnamente pelos brasileiros, continua assustando e flanando no patamar de 20% ano, um absurdo se considerado o fato de que o salário mínimo vale a fortuna (sic) de R$ 724 e é reajustado uma vez a cada 365 dias.

Para se compreender a extensão do estrago promovido pelos governos petistas basta analisar com um pouco de calma os números e as situações da economia. A inflação não consegue se descolar do teto da meta, apesar da perigosa queda da atividade industrial. É verdade que o recuo registrado na indústria colaborou para o ligeiro arrefecimento do IPCA, mas o fator de maior impacto nesse movimento foi a estabilização do preço dos alimentos, em especial dos agrícolas.

A situação piora e causa ainda mais apreensão quando entra em cena um detalhe perigos: o consumo está em queda, mas a inflação permanece elevada. O que significa que o governo não apenas errou a mão na condução da economia, mas cometeu uma sandice ao tentar reverter a crise com o consumismo. O número de famílias endividadas disparou da noite para o dia, enquanto a inadimplência atingiu níveis recordes. Isso provocou o endurecimento das regras para concessão de crédito ao consumidor, ao mesmo tempo em que serviu para elevar as taxas de juro.

O Brasil vive a situação do pleno emprego, mesmo com grande contingente de brasileiros com os braços cruzados. O governo vem tentando criar novos postos de trabalho, mas a baixa qualificação do trabalhador compromete essa operação.

Os atuais inquilinos do Palácio do Planalto devem estar a comemorar o pequeno recuo da inflação, mas isso se deu não por uma medida adotada pelo governo, mas por um novo emperramento na máquina da economia. Ou seja, a queda no consumo ajudou por um lado, mas prejudicou por outro. Só falta agora o governo messiânico do PT pegar carona em eventual onda de demissões para reduzir ainda mais a inflação.

Em outras palavras, nessa novela rocambolesca em que se transformou a economia nacional a conta não fecha e a história não terá final feliz.

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