Usina de corrupção – Líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE) afirmou nesta terça-feira (9) que o Congresso Nacional tem a obrigação de apurar e acompanhar de perto o processo da Operação Lava-Jato em defesa da própria instituição. O parlamentar disse também que e repudia o aparelhamento político promovido pelo PT envolvendo a empresa nessa série de denúncias e escândalos.
Mendonça Filho estará em Brasília nesta quarta-feira (10) para participar de reunião com líderes partidários no gabinete do presidente da CPMI da Petrobras, senador Vital do Rêgo. O líder também estará na sessão da CPMI (às 14h30) que tomará mais um depoimento do ex-diretor da estatal, Nestor Cerveró.
“O Congresso deve ser o primeiro interessado em esclarecer essas graves denúncias até porque há parlamentares citados no depoimento do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Infelizmente, o PT desde o início vem tentando encobrir e esconder o mar de lama da Petrobras. A empresa foi aparelhada pela gestão petista e agora a sociedade paga as consequências desse uso político da estatal para interesses escusos”, pontuou o líder do Democratas.
Mendonça Filho reforçou que já existem dois requerimentos aprovados pela CPMI – um deles do Democratas – que solicitam ao STF o compartilhamento de todo o processo da Operação Lava Jato. O conteúdo dos requerimentos, portanto, inclui o depoimento do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, em que menciona deputados, senadores e governadores como integrantes de um esquema de pagamento de propina a partir de contratos da Petrobras. O deputado acrescenta que os ofícios enviados ontem ao STF e a justiça federal do Paraná pelo presidente da CPMI solicitando o depoimento tem como base esses requerimentos.
O deputado garantiu que cobrará, na reunião da CPMI, o agendamento do depoimento de Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, já que suas convocações foram aprovadas em 3 de junho passado, ou seja, há mais de três meses. Não será novidade se a tropa de choque do Palácio do Planalto entrar em ação para impedir novas convocações e o agendamento dos depoimentos de Costa e Youssef. Isso, se confirmado, anulará a declaração embusteira da presidente Dilma Rousseff, que disse a jornalistas ter ordenado à Polícia Federal que investigasse os malfeitos na Petrobras, os quais a petista garantiu desconhecer.
