Óleo de peroba – Definitivamente a petista Dilma Vana Rousseff adotou a mentira como modo de vida. Quando o ucho.info, na edição da última sexta-feira (3), horas depois do derradeiro debate entre presidenciáveis, afirmou que a presidente-candidata temia ter de enfrentar o tucano Aécio Neves no segundo turno, a militância petista saiu em desabalada carreira para dizer que pouco importava o adversário na segunda etapa da corrida ao Palácio do Planalto.
Nossa afirmação tinha não apenas a interpretação lógica dos fatos e uma análise do comportamento da candidata durante o debate realizado pela Rede Globo, mas a experiência do editor, que traz no currículo mais de três décadas de jornalismo político. Tomando por base o desejo de mudança da maioria da população, enfrentar Aécio Neves seria o pior dos cenários para a candidata do PT.
No momento em que Dilma, orientada por seu marqueteiro, João Santana, começou a atacar Marina Silva com uma saraivada de mentiras, o ucho.info afirmou, sem medo de errar, que o melhor que Aécio poderia fazer, daquele momento em diante, era centrar suas críticas à candidata petista. Uma questão de raciocínio lógico, pois os descontentes com Marina, que começava a despencar nas pesquisas, certamente optariam por Aécio.
Embalada por uma claque pequena e ensandecida, Dilma, na noite deste domingo (5), mostrou aos brasileiros que sua convivência com a mentira é doentia. Disse a candidata que o primeiro turno desta eleição trouxe a sétima vitória do PT nas urnas presidenciais.
Nessa conta de conveniência a petista referiu-se aos dois turnos de cada uma das eleições disputadas por Lula, aos dois disputados por ela em 2010 e, por fim, o atual primeiro turno. Considerando que a vitória de um candidato à presidência da República que não consegue na primeira ronda metade dos votos válidos mais um depende do segundo turno, Dilma tem no currículo apenas uma vitória, a de 2010, e outra metade, a deste ano. Ou seja, Dilma mente sem qualquer sinal de rubor facial. Não sem antes acreditar que 3,5 é sete.
A situação mais ridícula do discurso de Dilma ficou por conta da afirmação de que o primeiro turno da corrida presidencial mostrou que o povo brasileiro deseja a continuidade. Ao que parece, Dilma não tem qualquer intimidade com a aritmética, pois somados os índices alcançados por Aécio Neves e Marina Silva nas urnas, 55% da população brasileira querem mudanças. O que explica o fato de 40% dos votos válidos terem sido creditados a Dilma.
A candidata petista está desesperada diante da possibilidade de ter de se mudar do Palácio da Alvorada logo depois do Natal, o que é compreensível, mas isso não lhe dá o direito de enxergar um copo vazio além da metade como totalmente cheio. É verdade que em questões de copo alguns etílicos conseguem ver muito além da realidade, mas a essa altura dos acontecimentos o melhor é manter o raciocínio sóbrio.
