Apresentando-se como novidade, Marina Silva andou de lado no PSB e repetiu o desempenho de 2010

marina_silva_19Deu errado – Apostando na trágica morte de Eduardo Campos para manter-se em céu de brigadeiro, a presidenciável do PSB, Marina Silva, não contava com a tempestade de mentiras e golpes colocada pelo PT no plano de voo que poderia levá-la ao Palácio do Planalto.

Incensada pelo fumo discurso da “nova política”, a ambientalista no máximo conseguiu repetir seu desempenho na eleição presidencial de 2010, quando conquistou aproximadamente 20 milhões de votos, número nada desprezível. Na eleição deste ano, Marina arrancou das urnas pouco mais de 22 milhões de votos, contingente eleitoral considerável, mas apenas 10% maior do que o alcançado quatro anos antes. Para quem era a sensação da corrida presidencial, Marina Silva andou de lado.

Obrigada a buscar refúgio político-eleitoral no PSB, depois que fracassou sua tentativa de oficializar o “Rede Sustentabilidade”, Marina jamais aceitou de bom grado a condição de ser candidata a vice na chapa então liderada por Campos. Esperava por uma oportunidade para inverter os papeis, o que aconteceu em 13 de agosto passado.

Com a saída de cena de Campos, vitimado em acidente aéreo na cidade de Santos (SP), Marina disparou nas pesquisas por causa da comoção que tomou conta do Brasil, o que era esperado. Sem resistência para suportar a pancadaria petista, Marina não soube reagir aos ataques sórdidos da equipe de Dilma. Quando descobriu a fórmula era tarde demais. E começou a despencar nas pesquisas, até terminar em terceiro lugar na disputa pelo direito de e instalar no Palácio do Planalto.

Considerando que Eduardo Campos era visualmente menos frágil do que Marina e com mais capacidade de assimilar os golpes de Dilma, reagindo aos mesmos rapidamente, o ex-governador de Pernambuco, estivesse vivo, teria feito papel melhor nessa primeira fase da corrida presidencial.

A derrota de Marina Silva foi chancelada na última semana, quando a candidata do PSB foi abandonada pelo próprio partido em caminhada no Rio de Janeiro. Os correligionários do PSB deixaram Marina apenas com os companheiros da Rede. Na verdade, um sinal de que isso aconteceria em algum momento aconteceu no momento em que Marina Silva foi oficializada como cabeça de chapa pela direção nacional do PSB. Na ocasião, alguns integrantes históricos do partido, da época do velho Miguel Arraes, deixaram a campanha presidencial, o que foi considerado por este site com prenúncio de tempos difíceis.

A segunda amostra de um futuro difícil veio com no vácuo de uma declaração novo presidente do PSB, Roberto Amaral, que afirmou estar Marina Silva desobrigada a continuar no partido em caso de vitória. Isso foi uma prova de que o núcleo duro do PSB não encontrou a sintonia fina para conviver com Marina e que o partido foi mera barriga de aluguel.

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