Pé no freio – “Inexequível”. Assim o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), classificou a proposta de realização de plebiscito sobre a reforma política apresentada pela presidente Dilma Rousseff. “São assuntos diversos e muito complexos, que não podem ser resolvidos com a simplicidade de uma resposta “sim” ou “não” que caracteriza um plebiscito”, afirmou o parlamentar.
Freire lembrou que Dilma fez a proposta quando irromperam as jornadas de junho de 2013, sendo que tanto a sociedade quanto o Congresso Nacional refutaram-na por não se aplicar ao tema. “Se queremos consultar a população sobre a reforma política, podemos lançar mão do referendo, uma das formas de democracia direta que eu defendi na Constituinte”, lembrou. “Congresso e sociedade apoiarão essa iniciativa de plebiscito”, reforçou.
A reforma política, observou Roberto Freire, é um conjunto de regras que precisa de lógica interna firme e “que não pode ficar ao sabor do sim ou não”. “Nenhum país pode ter suas leis complexas submetidas a plebiscito”, avaliou. Dentre os temas da reforma estão o financiamento de campanhas eleitorais, voto distrital, voto distrital misto, lista aberta ou fechada de candidatos, fim da reeleição, das coligações nas eleições proporcionais e da suplência para senador.
“A presidente Dilma precisa, em vez de estar querendo buscar o diversionismo equivocado, enfrentar a crise econômica que já está dentro da casa dos brasileiros”, afirmou Freire. “Ela tem que resolver essa crise”, insistiu.
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Petrolão
Outro assunto do qual, segundo Freire, Dilma não pode se esquivar é o escândalo de corrupção na Petrobras. “Ela tem de dar resposta ao doleiro (Alberto Youssef) que afirmou que ela e Lula sabiam dos contratos superfaturados e da distribuição de propina a partidos, principalmente ao PT, e a políticos”.
Freire salientou que “não é o processo eleitoral que vai interromper (as denúncias relativas ao escândalo) como se tivesse havido um esquecimento da dura realidade brasileira”.
Manobra golpista
O que Dilma e o PT buscam com a proposta do plebiscito para decidir sobre a reforma política é um golpe premeditado para implantar no País um regime totalitarista de esquerda, a exemplo do que vem derretendo a Venezuela, que sob o manto do boquirroto socialismo do século XXI simplesmente sepultou a democracia, como se isso fosse o melhor dos cenários para se viver.
A tese defendida por Dilma, que encontra respaldo nas entranhas do governo e do próprio Partido dos Trabalhadores, visa, como já anunciado, ouvir os movimentos sociais, todos integrados pela militância petista. Isso significa que o PT decidirá sobre a reforma política ao seu modo, criando no Brasil, da noite para o dia, um regime de exceção, sem direito a contestações.
Os brasileiros de bem precisam estar atentos e acompanhar diuturnamente as questões políticas do País, não sem antes pressionar a presidente da República para que não avance com esse projeto criminoso e ditatorial. Dilma Rousseff adotou, depois do segundo turno da corrida presidencial, o discurso do diálogo e da união do País, mas tudo não passa de uma manobra chicaneira para chulear a fantasia democrática que, a depender do desenrolar dos fatos, será usada pela ditadura esquerdista.