Petrolão: líderes da oposição reúnem-se para discutir relatório paralelo da CPMI da Petrobras

corrupcao_19Tiro ao alvo – Os líderes da oposição reúnem-se na manhã de terça-feira (9), na Câmara dos Deputados, para debater o relatório paralelo ao do deputado federal Marco Maia (PT-RS) na CPMI da Petrobras e discutir estratégias para a instalação da nova comissão a ser instalada no próximo ano para continuar a investigar do esquema de corrupção que funcionava não apenas na Petrobras, mas em várias estatais, de acordo com declaração de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal, que na última semana participou de acareação com Nestor Cerveró.

Do encontro de líderes devem participar Rubens Bueno (PPS-PR), Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Mendonça Filho (DEM-PE), Beto Albuquerque (PSB-RS) e Francisco Francischini (SDD-PR).

A oposição quer apresentar uma alternativa ao texto chapa-branca de Marco Maia, com propostas que podem chegar, de acordo com o líder do PPS, ao indiciamento da presidente Dilma Rousseff, que comandava o conselho administrativo da Petrobras quando a empresa comprou a refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), o que gerou um prejuízo de US$ 792 milhões, segundo o TCU (Tribunal de Contas da União).

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Os membros da CPMI que integram a oposição querem mostrar que o governo barrou as investigações da comissão e impediu que envolvidos e empreiteiras tivessem sigilos bancário, fiscal e telefônico quebrados, o que prejudicou muito as apurações.

A estratégia da oposição é válida e tem embasamento de sobra, pois a revelação da relação secreta do mensaleiro José Dirceu com a Camargo Corrêa coloca a presidente da República na alça de mira do escândalo e arrasta o agora lobista Lula para o olho do Petrolão. Afinal, foi em fevereiro de 2010, quando Lula era presidente d Dilma chefiava a Casa Civil, que o ex-chefe dos mensaleiros assinou um bisonho e secreto contrato com a empreiteira, cujos principais executivos encontram-se presos na Polícia Federal, em Curitiba.

Ademais, a investida da oposição surge no momento em que o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, tenta avançar em um acordo de leniência com as empreiteiras como forma de evitar que o escândalo do Petrolão atinja ainda mais o Partido dos Trabalhadores e alcance a presidente Dilma Rousseff. Adams, que deveria defender os interesses do Estado brasileiro, atua como advogado de um partido que nos últimos doze anos dedicou-se ao banditismo político. Quando Aécio Neves, candidato derrotado na recente corrida presidencial, afirma que o PT é uma organização criminosa, o presidente da legenda, Rui Falcão, irrita-se sem motivo algum.

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