Banco do Brasil foi leniente com patrocínio esportivo, em especial no caso do vôlei, afirma deputado

corrupcao_16Corrupção na quadra – Autor da proposta que requer ao Tribunal de Conta da União (TCU) uma devassa nos contratos Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) com a administração pública, o vice-líder do PPS na Câmara dos Deputados, Arnaldo Jordy (PA), criticou nesta terça-feira (16) a leniência do Banco do Brasil na aplicação de recursos direcionados a patrocínios, notadamente ao esporte. Para ele, o desvio de verbas apontado pela CGU na CBV exemplifica o “desleixo” da instituição na fiscalização do dinheiro público.

O parlamentar é autor de Proposta de Fiscalização e Controle (PFC 169/2014) pedindo que o Tribunal de Contas da União faça uma “devassa” em todos os contratos firmados pela CVB com órgãos da administração pública. Só nos patrocínios recebidos do Banco do Brasil, o desvio pode chegar a R$ 30 milhões.

“Esses desvios apontados pela CGU revelam que o Banco do Brasil tem sido nestes anos todos um patrocinador generoso, mas desleixado, que não acompanha a aplicação dos recursos que desembolsa. Agora, queremos que o Tribunal de Contas aprofunde as investigações junto com esta Casa”, afirmou Jordy.

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De acordo com a CGU, as irregularidades aconteceram na gestão de Ary Graça Filho, que renunciou ao cargo na Confederação depois da divulgação do relatório considerado “devastador” pela Controladoria. “Houve, por parte da CBV, desvio de finalidade na aplicação dos recursos”, apontou o ministro Jorge Hage. O caso de corrupção também será alvo no âmbito do Ministério Público Federal.

Arnaldo Jordy avaliou como acertada a suspensão do patrocínio que o BB mantinha com a Confederação Brasileira de Vôlei, mas acredita que as irregularidades continuariam se não fosse a coragem do jornalista Lúcio de Castro, da ESPN, que, em audiência pública – realizada a pedido do parlamentar -, na Comissão de Esporte da Câmara, detalhou as denúncias que havia feito na TV sobre o esquema de corrupção. De acordo com o deputado do PPS, o que antes era uma denúncia de corrupção, agora se confirmou com a fiscalização da CGU.

“Em defesa do esporte nacional, o que é preciso fazer de agora em diante é ir fundo nas investigações, punir os responsáveis e reaver o dinheiro que foi desviado”, defendeu Arnaldo Jordy.

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