Lava-Jato: Moro aceita denúncia contra mais seis acusados e número de réus no Petrolão sobe para 36

algemas_09Fechando o cerco – O juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba e responsável pelos processos decorrentes da Operação Lava-Jato, aceitou nesta terça-feira (16) denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra mais seis pessoas acusadas de corrupção, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Outras quatro pessoas, rés em outras ações, também tiveram a mesma denúncia aceita.

Desta vez, Moro aceitou denúncias contra o doleiro Alberto Youssef; Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras; Waldomiro de Oliveira, dono da MO Consultoria; Adarico Negromonte, emissário de Youssef; Dalton Santos Avancini, presidente da Camargo Corrêa; João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa; Eduardo Hermelino Leite, o “Leitoso”, vice-presidente da Camargo Corrêa; Jayme Alves de Oliveira Filho, parceiro de Youssef na lavagem de dinheiro; Marcio Andrade Bonilho, sócio e administrador da empresa Sanko-Sider; e Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da construtora UTC.

Os investigados agora passam à condição de réus no processo, podendo continuar presos até o julgamento, caso os respectivos advogados não consigam relaxar a prisão junto ao Judiciário. Vale destacar que até o momento a Justiça negou todos os pedidos de habeas corpus formulados pelos advogados dos executivos das empreiteiras. Foi a segunda denúncia aceita por Moro nesta terça-feira (16). Horas antes, o juiz acolheu denúncias uma contra onze pessoas, a maioria ligada às empreiteiras Mendes Júnior e UTC.

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Na segunda-feira (15), o juiz Sérgio Moro aceitou outras duas denúncias contra dez pessoas investigadas na Operação Lava-Jato, entre os quais executivos da Galvão Engenharia e da OAS. Na última sexta-feira (12), o magistrado acolheu a primeira das denúncias apresentadas pelo MPF, contra nove investigados, entre eles quatro executivos da construtora Engevix. Esse acolhimento de denúncia, em especial, deixou os palacianos com os nervos à flor da pele, pois um aprofundamento das investigações pode colocar no olho do furacão pessoas próximas à presidente Dilma Rousseff.

Assim, resta a ser analisada uma das denúncias oferecidas pelo MPF contra 39 investigados na sétima fase da Operação Lava Jato. Segundo o MPF, 23 dos denunciados são ligados às empreiteiras Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, OAS e UTC.

Com as decisões tomadas até então pelo juiz Sérgio Moro, apenas três dos 39 denunciados ainda nos se tornaram réus no processo da Operação Lava-Jato. , apenas três não se tornaram réus no processo. São eles: Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, lobista apontado como um dos operadores do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras; Júlio Camargo, executivo da Toyo Setal; Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras.

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