Dilma estreia novo mandato neste 1º de janeiro, sob a artilharia pesada do bando do covarde Lula

dilma_rousseff_488Chumbo trocado – Dilma Vana Rousseff, a reeleita, dentro de instantes inaugura seu segundo mandato, mas terá pela frente a dura missão de enfrentar nos bastidores a peçonha do antecessor, Luiz Inácio da Silva, o lobista de empreiteira. A briga entre ambos, que por até recentemente acontecia nos subterrâneos do poder, passou ao palco do cotidiano. Na tentativa de pavimentar o caminho para um eventual retorno ao Palácio do Planalto, o que poderá acontecer daqui a quatro anos, a depender da vontade popular, Lula já acionou a parcela de petista que está sob seu comando, que não é pequena.

Atualmente, uma das vozes de aluguel de Lula é a companheira Marta Suplicy, senadora pelo PT paulista e ex-ministra da Cultura. Em sua primeira incursão contra a presidente da República, quando deixou a pasta da Cultura, Marta criticou de forma contundente a equivocada política econômica do governo, que conseguiu a proeza de colocar o Brasil no despenhadeiro da crise. Na sequência, mais recentemente, Marta Suplicy criticou a decisão da presidente de escolher Juca Ferreira para o Ministério da Cultura. Esse tiroteio não deve acabar tão cedo, pelo contrário, pois é grande e ousado o plano do ex-metalúrgico, que promete usar os movimentos sociais para estocar a presidente.

A queda de braços entre Dilma e Lula não é nova e muito menos ignorada pelos jornalistas que cobrem o cotidiano do Palácio do Planalto. Em 2010, quando foi indicada como candidata do PT à Presidência, Dilma assumiu o compromisso de fazer um mandato de passagem, permitindo que Lula voltasse ao comando do País neste 1º de janeiro, caso vencesse a eleição presidencial de 2014. Diante do descumprimento do que fora combinado, o ex-presidente da República começou a agir nas coxias, quando surgiu o movimento “Volta, Lula”, do qual Marta Suplicy era uma das entusiastas.

Não bastasse a grave crise econômica que chacoalha o País e a enorme turbulência institucional que abala o governo central, sem contar os seguidos escândalos de corrupção, os brasileiros terão de enfrentar as consequências dessa briga intestina que acontece na cúpula petista, que promete ser acirrada especialmente no Congresso Nacional. Enquanto Dilma manteve a base aliada no rastro do loteamento da Esplanada dos Ministérios, Lula tem nas mãos o controle quase total do Partido dos Trabalhadores, exceto a banda que está na equipe do novo governo.

Quem conhece o modo de agir de Lula sabe que a presidente reeleita não terá sossego nos próximos quatros, pois além de ter de driblar o fogo amigo disparado pelo antecessor, será obrigada a reverter com urgência a crise em que está mergulhado o País. Do contrário, Dilma acabará criando condições para que a oposição avance na direção da rampa do Palácio do Planalto, que na última eleição por pouco não mudou de inquilino.

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