Mãos ao alto – Ciente de que é preciso mudar os rumos do País para deixar as futuras gerações uma nação minimamente melhor, justa e organizada, o UCHO.INFO vem defendendo o fim do discurso do “estelionato eleitoral” por parte da reeleita Dilma Rousseff, pois é preciso sufocar ainda no ninho o governo que acaba de nasce. Contudo, os jornalistas do site lembram que não é de hoje que alertamos para onda de mitomania que subiu a rampa do Palácio do Planalto. Ou seja, muito antes de cometer o “estelionato eleitoral” que a oposição insiste em manter na pauta, Dilma cometeu estelionato político. Basta puxar a fila de mentiras que a petista balbuciou desde que assumiu o comando do País.
Contrariando mais uma promessa feita pela presidente durante a corrida presidencial de 2014, o governo federal, no afã de conter a crise que se espalha pelo setor elétrico, deve elevar o valor arrecadado por meio do sistema de bandeiras tarifárias, que passou a valer em 1º de janeiro. Desde então, essa manobra palaciana acarreta nas contas de luz um acréscimo de R$ 3 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
O desgoverno de Dilma Rousseff ainda não definiu os novos valores das bandeiras tarifárias, que dependem dos custos a serem cobertos com essa receita extra, mas espera-se que o aumento seja de 30% a 40%.
Depois de incentivar, durante anos, o consumo de energia sem se preocupar com a geração, o governo usará as bandeiras tarifárias para alertar os consumidores sobre o tema. A ideia é informar, na própria conta de luz, sobre o valor da produção de energia no País. A bandeira verde significa a inexistência de acréscimo na tarifa. A amarela representa aumento de R$ 1,50 para cada 100 kWh consumidos no mês.
Por fim, a bandeira vermelha, que dominou o mês de janeiro e continuará em fevereiro, de acordo com informação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), significa o encarecimento da produção de energia no País. Quando prevalecer a bandeira tarifária vermelha, o consumidor pagará R$ 3 por cada 100 kWh de energia utilizados no mês. Isso se deve ao acionamento das usinas termelétricas, que estão em funcionamento ininterrupto desde outubro de 2012. Além de mais caras e poluentes (movidas a óleo e gás), as termelétricas foram criadas para funcionar como estepe do sistema elétrico, portanto estão há meses sem a devida manutenção.
Quando o UCHO.INFO afirma que o governo do PT ignorou por completo o planejamento, dando prioridade ao populismo chicaneiro e à pirotecnia oficial, os palacianos torcem o nariz e partem para os costumeiros ataques, como se dizer a verdade fosse crime no Brasil. Com esse cenário é impossível imaginar em reversão da crise econômica, como anunciou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Principal integrante da equipe econômica, Levy buscou uma equação para recolocar o Brasil nos trilhos que enfatiza o aumento de receitas e o corte de despesas. Fórmula simples e conhecida, mas que depende do consumo interno para dar certo em uma das pontas. A outra é o corte de despesas, algo que os petistas simplesmente desconhecem.
A grande questão no âmbito dos chamados preços administrados é que o impacto na inflação oficial será maior do que o planejado. Isso significa que o consumo, de modo geral, deve cair, comprometendo a eficácia do plano traçado pela equipe econômica. As medidas são duras quando analisadas pela ótica da sociedade, mas se nada der errado ao longo dos próximos anos (o que é difícil), o Brasil poderá sonhar com dias melhores a partir de 2018.
Independentemente do cenário atual e das respectivas projeções, a grande imprensa nacional erra, mais uma vez, ao se limitar a informar pontualmente, sem qualquer análise mais apurada que possa traduzir a realidade do curto prazo para o cidadão comum. Esse comportamento míope e genuflexo dos veículos de comunicação encontra respaldo nas milionárias verbas de propaganda do governo federal, que insiste em vender aos incautos a ideia de que o Brasil é a versão tropical e moderna do País de Alice, aquele das fábulas e maravilhas. Enfim…
