PT quer ampliar período de investigação da CPI da Petrobras e confirma previsão do UCHO.INFO

petrobras_17Bola sete – Quando o UCHO.INFO disse a alguns políticos, em Brasília, que uma nova CPI da Petrobras desqualificaria o trabalho que vem sendo feito pela força-tarefa da Operação Lava-Jato e abriria espaço para o PT convocar adversários políticos para depor, a oposição simplesmente ignorou a possibilidade, como se nossa análise estivesse fora da rota.

Nesta segunda-feira (23), o líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), anunciou que apresentará requerimento para ampliar o escopo da investigação da CPI da Petrobras, que será instalada na próxima quinta (26), incluindo o período do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Ou seja, a comissão investigará a Petrobras desde 1995.

No requerimento de criação da CPI, aprovado pelos parlamentares, o objetivo inicial da comissão era investigar irregularidades cometidas na estatal desde 2005, no primeiro mandato do governo Lula, quando começou a funcionar com mais ênfase o esquema de corrupção criado pelo então deputado federal José Janene, com a concordância do palácio do Planalto.

Os petistas alegam que, em depoimento na esteira de acordo de delação premiada, Pedro Barusco, o ex-gerente de Serviços da Petrobras, afirmou que o esquema de corrupção na estatal funcionava desde a década de 1990.

“Vamos apresentar o requerimento à Mesa Diretora da Câmara e, conforme for, também durante os trabalhos da CPI”, afirmou Sibá Machado.

O PT ainda pode apresentar requerimento de convocação de Barusco, que até outro dia era considerado como trunfo da oposição, uma vez que afirmou ter o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, ter recebido US$ 200 milhões em propina.

No momento em que a força-tarefa da Lava-Jato se debruça sobre novas ramificações do escândalo de corrupção, muitos dos quais ocorridos em outras empresas estatais e repartições federais, a oposição cria a CPI da Petrobras apenas para criar um palanque político que consumirá o dinheiro do contribuinte e não chegará a lugar algum, como aconteceu com a CPMI encerrada de maneira pífia na legislatura anterior.

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