Segundo Fecomercio a “elite paulistana” está endividada, apesar do recuo

inadimplencia_20Apertando o cinto – De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), cerca de 40% das famílias paulistanas informaram ter algum tipo de dívida em fevereiro.

No entanto, o resultado do mês é 12% menor que o registrado no mesmo período do ano passado (50,9%) e 0,4 ponto percentual menor que o registrado em janeiro deste ano (39,3%).

A pesquisa mostrou que o número de famílias endividadas que recebem até dez salários mínimos também diminuiu. Em fevereiro, este índice ficou em 1% abaixo do registrado em janeiro que foi de 42%.

As maiores dívidas no orçamento das famílias são: financiamento de carro (24,2%); carnê (23,9%); financiamento de casa (13,3%); e crédito pessoal (13,1%).

Ainda segundo a pesquisa, a busca por novas linhas de crédito recuou 5,4% na comparação com o mesmo mês de 2014 e que a maioria dos entrevistados (84,3%) disse não ter a intenção de contrair novos financiamentos nos próximos três meses. Conforme a Fecomercio/SP: “Um dos fatores que comprovam o cenário cauteloso é a retração do porcentual de famílias que optaram pela utilização de cartão de crédito como forma de pagamento de suas contas”.

De acordo com a assessoria econômica da entidade, o baixo nível de endividamento neste início de ano demonstra que o consumidor está cauteloso para contratar novos financiamentos em função do desempenho econômico do País, das altas dos preços e dos juros, que pressionam a renda das famílias.

Dos entrevistados, 10,8% estão inadimplentes. Em fevereiro de 2014 esse número era de 14,4%. Entre as famílias com contas atrasadas, 52,2% estão com as contas vencidas há mais de 90 dias; 24,5% possuem contas atrasadas entre 30 e 90 dias; e 21,6% estão com dívidas em atraso de até 30 dias. Cerca de 4,5% não têm condições de pagar as contas, total ou parcialmente, nos próximos meses, contra 4,7% no mês passado. Em fevereiro de 2014, esse percentual era de 3,5%. (Por Danielle Cabral Távora)

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