Itália estuda ações contra o tráfico humano no Mar Mediterrâneo

matteo_renzi_02Fim do mundo – A guarda costeira italiana tenta resgatar 450 migrantes que viajam em dois barcos nas proximidades da costa líbia, segundo afirmou nesta segunda-feira (20) o primeiro-ministro Matteo Renzi. Ele disse ainda que a Itália estuda a possibilidade de montar “intervenções pontuais” contra traficantes de pessoas baseados no norte da África.

O chefe de governo italiano afirmou que pelo menos 150 pessoas se encontram a bordo de um barco inflável “muito próximo da Líbia”, a uma distância de cerca de 55 quilômetros da costa.

Também está sendo feito o resgate de uma segunda embarcação, com cerca de 300 passageiros, segundo informações passadas por Renzi durante entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat.

Renzi acrescentou que as operações de resgate são evidências de que o tráfico de pessoas está se intensificando e que a Europa precisa se unir para combater esse crime na região do Mediterrâneo.

OIM relatou naufrágio

Não ficou claro se Renzi se referia à mesma embarcação que, segundo informações da Organização Internacional de Migração (OIM), estaria naufragando no Mar Mediterrâneo.

A entidade teria recebido uma ligação anônima de uma pessoa dizendo estar em um barco que estava afundando com 300 ocupantes. Vinte passageiros teriam morrido. A mesma pessoa teria dito haver um total de três barcos em dificuldades.

A organização afirmou ter contatado a guarda costeira italiana, a quem forneceu as coordenadas das embarcações. “Mas eles não têm os recursos para fazer esses salvamentos no momento”, afirmou um funcionário da OIM.

No domingo (19), mais de 700 migrantes teriam morrido no naufrágio de um pesqueiro que havia partido da Líbia com 950 ocupantes. Na última semana outras duas embarcações afundaram, deixando cerca de 450 mortos e suscitando apelos para uma ação imediata.

De acordo com as tendências atuais, estima-se que o total de 170 mil imigrantes que desembarcaram na Itália em 2014 seja ultrapassado neste ano. (Com agências internacionais)

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